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Melhores Filmes de 2017 | Lista

Essa é uma das horas mais difíceis do ano. Conseguir sintetizar e colocar todas as grandes obras que passaram pelos cinemas brasileiros em 2017 em uma lista dos “10 MAIS”. A Vigília tentou, a briga comeu solta na redação. Todos sobreviveram (mas tem gente que não se conversa mais). Esperamos que o espírito de final de ano prevaleça e que tudo logo se resolva. E por favor, não nos odeie você também, aí do outro lado da tela do computador.

Mas fique a vontade de comentar os filmes que você mais gostou e quais deveriam estar nesta lista.

10 – Kong: A Ilha da CaveiraEssa é aquela sessão matinê com pipoca mais certeira do ano. Em Kong não precisamos esperar metade do filme para ver o personagem principal. Além disso, temos Brie Larson, Tom Hiddleston, Samuel L. Jackson e grande elenco perdidos em uma ilha desconhecida. E nela, não é só um macaco gigante que oferece perigo. Kong é o blockbuster que dá origem a novos filmes tão grandiosos quanto este, entre eles Godzilla: King of Monsters (2019) e Godzilla Vs. Kong (2020). A Warner e a New Line conseguiu criar o seu universo expandido (o melhor deles), mostrando pra Universal como é que se faz.

9- Planeta dos Macacos: A GuerraMatt Reeves deu o desfecho perfeito para a nova trilogia dos símios no cinema, além de ter motivado e inovado de vez a tecnologia de captura de movimentos. César (Andy Serkis) merece sim uma indicação ao Oscar de Melhor Ator. Planeta dos Macacos: A Guerra transpõe os limites de humanidade e subverte esse conceito. Se até aqui todos tinham algum motivo para assumir e torcer pelo “time dos humanos”, agora não será possível. A causa símia é a nossa causa. O final da trilogia ficou tão bom que Reeves já assumiu o posto do próximo filme do Batman.

8- FragmentadoM. Night Shyamalan estava devendo. Mas voltou com todas as ferramentas que o lançaram ao estrelato em Fragmentado. Além de surpreender da sua melhor maneira (com o clássico plot-twist) ele agora entra na onda dos universos expandidos do cinema. E fez todo o cinema estremecer em sua última cena (um pós-créditos certeiro). E o mais legal, tudo vai continuar com Glass, com data de estreia prevista para janeiro de 2019. Já queremos assistir!

 

7- Entre IrmãsSurgiu um novo épico nacional. Infelizmente não com tempo para a disputa da indicação do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. É preciso aplaudir a boa construção histórica de Entre Irmãs. Um filme de época, com vários temas interessantes. O ponto alto do filme, em termos históricos é a associação que se faz com Lampião e Maria Bonita. Tudo é ancorado por atuações excelentes. Choro na medida certa, expressões envolventes. Uma grande obra de Breno Silveira (Gonzaga: de Pai para Filho, Era Uma Vez no Rio).

 

6 – Corra! (Get Out!) Um filme que estreou em fevereiro (nos Estados Unidos) e desde então não saiu da pauta até o mês de dezembro, quando começou a receber seus primeiros prêmios em festivais de cinema. “Corra!” carrega consigo um certo tipo de frescor e novidade que faltava em filmes mais focados no terror e algumas temáticas há algum tempo esquecidas pelo gênero. O diretor Jordan Peele nos leva ao mesmo tempo numa jornada exótica com amparos racistas e uma tênue linha de comédia e ironia. É realmente um filme diferente.

5 – Em Ritmo de Fuga (Baby Driver)Um filme cool do início ao fim, que flerta com ação, aventura e musical. O diretor inglês Edgar Wright mostrou novamente sua assinatura e paleta de cores em uma história envolvente. O protagonista Ansel Elgort é marcante, amparado com seus coadjuvantes de luxo. Mas o filme perde pontos, não por ele, mas pelo que veio à tona depois (muito tempo depois) de sua estreia. Um dos vilões do longa é ex-astro Kevin Spacey, protagonista de uma das histórias mais repugnantes de 2017. Uma pena. Mas Em Ritmo de Fuga é bom, é muito bom.

4 – Bingo: O Rei das Manhãs! – Quase pisando no pódio, temos o brasileiro Bingo. A “quase biografia” de Arlindo Barreto, o primeiro Bozo dessas bandas, é regada de drama, nostalgia, noitadas e aquela pitada de vida real e dos bastidores da história da cultura pop nacional. Vladimir Brichta encontra o papel de sua vida, passando toda a energia que o papel inspirava. É um filmão do início ao fim, com uma trilha sonora marcante. Um dos filmes nacionais mais caprichados dos últimos anos, conduzido com maestria por Daniel Rezende, que será o responsável pelo live-action da Turma da Mônica. Já estamos ansiosos!

3- DunkirkUm espetáculo cinematográfico. Basicamente isso. Christopher Nolan leva toda sua megalomania para um cenário real de guerra e recria um episódio histórico, onde a ajuda veio da forma mais improvável. Por terra, ar e mar, Nolan gira sua narrativa que segue acompanhando vários lados de um mesmo episódio, culminando em seu momento ápice. Som, fotografia, atuações, tudo no lugar. E a gente assiste se sentindo dentro da própria história. Realmente marcante. Daqueles filmes feitos pra ver na tela grande.

 

2- Manchester à beira marOutro filme que perde um pouco do brilho pelo envolvimento do seu protagonista, que também tem a vida particular se sobressaindo pela sua vida profissional. Apesar disso, Casey Affleck levou o Oscar de Melhor Ator na última premiação, o que gerou muita polêmica. Mas mesmo assim, é um drama forte, que nos acerta o estômago e mistura uma beleza dramática entre cores, a cidade e a história triste dos personagens. É angústia para todos os lados. É bonito e trágico.

 

1- La La Land – Cantando Estações A produção do diretor Damien Chazelle (Whiplash: Em Busca da Perfeição) esteve com o prêmio máximo do cinema nas mãos, literalmente. Mas uma treta jamais vista o tirou o cobiçado Oscar (relembre aqui), e quem comemorou foi Moonlight: Sob a Luz do Luar. Independente disso, merece o nosso primeiro lugar. É impossível sair da sala de cinema da mesma forma que você entrou depois La La Land – Cantando Estações. Emma Stone que o diga. De quebra, o filme ainda nos trouxe vários ensinamentos (Confira aqui).

 

Menções honrosas:

Como o trabalho de escolha foi árduo e tortuoso, vamos dar destaque para três grandes obras que também merecem nossa total admiração nesse ano e não podiam faltar numa lista de Melhores de 2017.

IT: a CoisaA adaptação de IT: Uma Obra Prima do Medo, de 1990, foi um verdadeiro sucesso de público e crítica. O diretor argentino Andy Muschietti (Mama) conseguiu o que muitos duvidavam: repaginou um ícone (o palhaço de Tim Curry), dando amplitude para uma das obras mais conhecidas de Stephen King. Misturou terror, comédia e aventura em doses certeiras. Pra completar o pacote todo, IT desbancou o clássico “O Exorcista” do topo de maior bilheteria de um filme de terror. Um feito e tanto, afinal o recorde vinha desde o longínquo ano de 1973. E vai ter continuação.

Como Nossos Pais O vencedor de melhor filme do 45º Festival Internacional de Cinema de Gramado é tocante. Um dos grandes momentos do cinema nacional em 2017. Dirigido por Laís Bodanzky (Bicho de Sete Cabeças, Chega de Saudades – #coramao pra ela) e estrelado por Maria Ribeiro, “Como Nossos Pais” não é um filme sobre um relacionamento amoroso, nem nada assim. Essa é a história de Rosa (Maria Ribeiro) e as suas relações. Os homens que nos desculpem, mas assim como esse filme, essa crítica é praticamente um papo entre mulheres. 

Blade Runner 2049Sem sucesso de público imaginado, a busca do universo criado 30 anos atrás por Ridley Scott traz um dos melhores filmes do ano. Cores, efeitos e os questionamentos oriundos de seu original, a obra, tal qual sua origem, será mais conhecida no futuro do que na atualidade. Dennis Villeneuve ganhou ainda mais créditos para o seu currículo. No elenco temos a volta do excelente Harrison Ford, Ryan Gosling e um surpreendente Dave Bautista (Guardiões da Galáxia). Faça o favor de assistir.

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