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Os melhores filmes de 2020 (até agora, é claro) | Lista

Como fazemos tradicionalmente, elencamos os melhores filmes do semestre. E neste ano atípico, quase sem cinema, quem tomou conta da lista, por óbvio, foram os lançamentos dos serviços de streaming. Mas quer saber? Nem por isso a régua baixou tanto assim. Explico melhor nos tópicos abaixo.

Entre comédias, aventuras de tirar o fôlego, dramas e thrillers, aqui está a seleção do que de melhor tivemos da sétima arte (nerdisticamente falando) em 2020, o ano que a pandemia do novo coronavírus paralisou o mundo!

Ah, e não se apegue, não tem ordem de melhor para o pior!

Resgate (Sam Hargrave, Netflix)
Chris “Thor” Hemsworth mirando seu próprio John Wick. Sequência já está garantida!

Resgate (Extraction) foi uma das estreias mais movimentadas da Netflix este ano. O filme adapta a graphic novel “Ciudad” de Ande Parks e Joe e Anthony Russo, desenhadas por Fernando León González. E com os irmãos Russo (Vingadores: Guerra Infinita e Ultimato) como produtores, o longa jogou Chris Hemsworth (Thor: Ragnarok) para a sua própria ação estilo John Wick. O ex-combatente de guerra precisa resgatar o filho de um mafioso nas ruas da Índia. Tudo isso rendeu um filme com um plano sequência de tirar o fôlego. O negócio deu tão certo que a Netflix já confirmou uma sequência. 

Relembre a nossa crítica de Resgate!

A Vastidão da Noite (Andrew Patterson, Amazon Prime)
Você vai adorar essa dupla

Essa é uma típica ficção científica que chega e surpreende sem fazer alarde. Daqueles filmes que provam que uma boa história não precisa de milhões em investimentos para ser contada de forma certeira e impactante. Cheia de nostalgia (e referências ao cinema oitentista de Spielberg) vemos uma aventura de uma dupla carismática… pela noite. Sem muitos spoilers para não estragar sua experiência. O longa é dirigido pelo (desconhecido, até então) Andrew Patterson, de 38 anos. 

Festival Eurovision da Canção – A Saga de Sigrit e Lars (David Dobkin, 2020)

Festival Eurovision entra na lista pela cota de comédia, um gênero que parece não ter mais tantos hits quanto num passado bem recente. É o clássico filme de Will Ferrell onde ele interpreta uma criança em corpo de adulto e precisa provar para seu pai que pode ser bom no que ele mais gosta. Cheia de breguices musicais, o filme acerta exatamente nesse ponto, com uma produção que garante várias canções e videoclipes (lindos) ao longo de duas horas. E temos ainda Rachel McAdams encarnando aquele papel bobo, mas carismático demais, Dan Stevens e Pierce Brosnan e a participação especial de Demi Lovato e Graham Norton.

O Homem Invisível (Leigh Whannell, 2020)

Disparado o melhor filme que passou no cinema em 2020. O Homem Invisível, adaptação do livro de H.G. Wells e do clássico filme lançado em 1933 chegou com o selo sangrento da Blumhouse e acompanha a vida de Cecília (Elisabeth Moss) após a morte de seu namorado Adrian – com quem vivia um relacionamento abusivo. Após descobrir que o ex lhe deixou uma estranha herança milionária, ela passa a ser perseguida por estranhos acontecimentos. O filme é tenso, cheio de reviravoltas e coroa novamente o talento de Elisabeth Moss. Vale dar uma lida também no texto de opinião da Bruna que traz uma reflexão bem feminina para a história!

Bad Boys: Para Sempre (Adil El Arbi e Bilall Fallah, 2020)
A dupla de “tiozões” ainda manda muito bem na ação e na comédia

Divertido, cheio de referências e surpreendentemente violento, Bad Boys: Para Sempre é o tipo de continuação que faz jus ao seu propósito. Depois de dois filmes nos já distantes anos de 1995 e 2003, a fórmula que consagrou Will Smith e Martin Lawrence, agora definitivamente dois “tiozões”, volta com um novo gás, que talvez se explique pelo “sangue nos olhos” demonstrado pela dupla de diretores Adil El Arbi e Bilall Fallah, que não por acaso, já passaram a ter seus nomes cogitados para algum filme da Marvel Studios. O que convenhamos, não é pouco!

Maria e João: O conto das Bruxas (Oz Perkins, 2020)
Sophia Lillis mostra talento em vários gêneros

Mais um filme que ficou restrito a poucos em função da pandemia. Maria e João: O Conto das Bruxas subverte o clássico “João e Maria” para empoderar a talentosa Sophia Lillis (IT e I am NOT Ok With This) e nos levar para um terror cheio de estilo. Maria e João: O Conto das Bruxas tem uma assinatura muito própria, com estilo, seja no uso das sombras, com o jogo de cores e a música. Jogando com tudo que conhecemos da clássica história dos Irmãos Grimm, essa releitura alça o diretor Oz Perkins e o roteirista Rob Hayes para mais trabalhos na área. No entanto, não é aquele filme de fácil digestão. Se você gostou de Midsommar e Hereditário, vale dar uma passada por essa obra.

Luta Por Justiça (Destin Daniel Cretton, 2020)

Saudades de filmes de tribunal? Luta Por Justiça (Just Mercy) é o clássico combo completo: o trabalhador, negro, pobre do interior do Alabama, é injustamente acusado de um assassinato brutal em sua comunidade. Na ânsia da Polícia em “resolver” o crime, o rapaz é preso. Faltou alguma coisa? Ah, é claro, o ingrediente que transforma tudo em um processo mais importante de imersão dentro do cinema: é tudo baseado em não uma, mas várias histórias reais. Pode ficar mais interessante? Pode. O elenco conta com Michael B. Jordan (Pantera Negra), Jamie Foxx (Em Ritmo de Fuga), Brie Larson (Capitã Marvel) e Tim Blake Nelson (Watchmen).

Dois Irmãos – Uma Jornada Fantástica (Dan Scanlon, 2020)

Entra ano e sai ano e a Pixar sempre emplaca uma animação entre os melhores do ano. E 2020 não foi diferente, mesmo com uma faixa muito pequena de exibição (só tivemos estreias de janeiro a início de março). Em Dois Irmãos – Uma Jornada Fantástica (já está disponível no catálogo da Amazon Prime) temos dois elfos adolescentes que num mundo de magia têm a oportunidade de passar um dia inteiro com o falecido pai. Já separe o lencinho.

Destacamento Blood (Spike Lee, 2020)
Mais um filmaço de Spike Lee pra conta!

Junto com O Homem Invisível, disputa o título de campeão do semestre (e possivelmente do ano). O novo longa de guerra de Spike Lee veio com exclusividade para o catálogo da Netflix e fez valer a mensalidade de 2020. Destacamento Blood (Da 5 Blood) é uma obra de guerra, história, luta racial e que, com o toque de Spike Lee, ganha uma edição única, esperta e que embala tudo isso em um excelente produto. É daqueles filmes que gostaríamos de ver no cinema. Mesmo sem pandemia, já arrisco dizer que Delroy Lindo deveria no mínimo ter uma indicação ao Oscar de Melhor Ator.

O Poço (Galder Gaztelu-Urrutia, 2020)
Metáforas para a vida em um filme “ame ou odeie”

Um terror claustrofóbico e cheio de metáforas sociais. E em época de pandemia, O Poço se destacou esse ano, gerando um buzz interessante no catálogo da Netflix. Para muitos, é o tipo de filme “ame ou odeie”, onde sem grandes explicações, as pessoas vão parar em um poço com muitos andares. A comida é levada para eles em um elevador, passando os níveis do mais alto ao mais baixo. Mas é claro, que a divisão dos mantimentos (lucros?) assim como no mundo, não será a mais justa, com os que estão em cima acabam humilhando de formas grosseiras os que estão embaixo. A produção é espanhola e a direção é de Galder Gaztelu-Urrutia.

Sérgio (Greg Barker, 2020)

Sergio não é necessariamente um filme excelente, mas traz a história recente do Brasil (e do mundo) que ainda tinha bons líderes mundiais. Sergio traz ainda uma narrativa quase impensada nos dias de hoje: a de que nosso país estava a um passo de liderar a Organização das Nações Unidas (ONU). Não é pouco. Sergio Vieira de Mello era o alto comissário dos Direitos Humanos da ONU e aqui é vivido pelo sempre competente Wagner Moura. O filme é dirigido por Greg Barker, que já tinha assinado um documentário sobre Sérgio (que vale muito assistir e  também está na Netflix) e o elenco ainda conta com Ana de Armas (Blade Runner 2049 e Entre Facas e Segredos) como Carolina Larriera, noiva de Sérgio. Coloque na sua listinha.

Filme Bônus

Aves de Rapina (Cathy Yan, 2020)

Confesso que não sai da sessão com uma boa impressão, mas Aves de Rapina ocupa o filme de quadrinhos que vem figurando em todas nossas listas de melhores (e piores). Com um show de Margot Robbie e companhia, ele se sobressai ao outro concorrente que é Bloodshot (com Vin Diesel), por isso, merece a menção. Cheio de personalidade, o filme esbarra em violência gratuita e uma história que mescla bons e maus momentos. Mas é até agora, o filme de quadrinhos do ano.

E você, já assistiu todos eles? Concorda com essa seleção ou faltou alguma coisa?

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