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O Homem do Castelo Alto | Crítica da 3ª temporada

Agora com o serviço do Prime Video da Amazon fluindo bem em terras verde-amarelas, você pode maratonar O Homem do Castelo Alto, essa série incrível (que resenhamos anteriormente aqui). Vale relembrar para quem chegou agora nessa série, que o plot principal mostra as consequências de um mundo onde a Alemanha e o Japão venceram a 2ª Guerra Mundial. Com isso, a América é dividida entre essas duas nações com culturas (na época) muito diferentes da tão prometida liberdade do novo mundo.

Nessa terceira temporada temos alguns temas novos explorados, e para a felicidade desse que vos escreve, muita ficção científica abordando as realidades paralelas, que tivemos em alguns relances nas temporadas anteriores. Juliana (Alexa Davalos) ainda na Zona Neutra e de posse de alguns filmes, reencontra alguns rostos conhecidos (sem spoilers, e com um grande plot-twist), faz novas parcerias, tudo para alcançar novamente o tal Homem do Castelo Alto.

Wyatt (Jason O’Mara) e Juliana (Alexa Davalos), a resistência ao nazismo também freauenta bares.

Existe uma comunidade judia entre algumas montanhas do Zona Neutra e Juliana é levada para lá pelo novo aliado Wyatt (Jason O’Mara de Agents of SHIELD) e lá divulga os vídeos que enchem o povo de esperança de um mundo melhor. Juliana tem tido visões de realidades paralelas e nelas vê sua antiga paixão, que agora está do lado nazista, Joe Blake (Luke Kleintank) matando a ela mesma em um túnel subterrâneo em algum lugar dos Estados Unidos Nazistas. Após algumas pistas, Wyatt e Juliana partem para esse local onde haveria uma espécie de fenda entre as dimensões. Este espaço estaria sendo manipulado pelos agentes nazistas para que todas as realidades alcançadas sejam dominadas pelas próprias forças nazistas.

Enquanto isso, o agora líder supremo nazista nos Estados Unidos, John Smith (o ótimo Rufus Sewell) tem que lidar com a pressão de Himmler, de alguns agentes que estão investigando seus crimes para tentar salvar sua família (e contra a ideologia nazista), as investidas da resistência de Juliana, e também um conflito com o lado japonês da América.

O ótimo Rufus Sewell no papel do “general” nazista John Smith. Olhar compenetrado de quem tem a América (e em breve outras dimensões) na mão.

Tudo isso acontece enquanto suas filhas são obrigadas pela ideologia nazista, a fazer alguns testes de saúde (e virgindade) e que sua mulher Hellen (Chelah Horsdal) quer evitar a todos custo, em função do que aconteceu ao seu filho na temporada anterior. Nisso também acompanhamos o drama de Hellen, pois não é fácil manter a família saudável quando seu marido é alguém com um cargo tão alto dentro do hierarquia nazista.

Nessa temporada também vemos a resistência e a opressão que os homossexuais vivem nessa América nazista/japonesa, onde qualquer comportamento suspeito não é bem recebido por nenhuma das nações.

Nicole Dörmer (Bella (tdum tsss) Heathcote), tenta viver sua homossexualidade em uma Nova Iorque oprimida pelo nazismo.

Não entrando nos spoilers, mas o desfecho dessa temporada é incrível. Temos uma celebração nazista pra lá de marcante em plena Nova Iorque, o chamado Jahr Null nazista, onde Himmler decide destroçar um dos principais símbolos americanos e investir com força total na pesquisa interdimensional.

Lembrando que o texto original da série é de Philip K. Dick (Minority Report, Blade Runner) e a produção de Frank Spotnitz (Arquivo X), o que nos dá um mix interessante de ideias e um grande clima para essa série que me tirou do sofá em vários momentos durante essa temporada.

A série já foi renovada para 2019.

A Vigília Recomenda!

Éderson Nunes

@elnunes

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