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Cuando Oscurece: representante da Argentina em Gramado é um thriller psicológico

A temática do filho perdido está sendo muito abordada neste 50º Festival de Cinema de Gramado. Depois de assistir A Mãe e El camino de Sol, na quinta noite de exibições, dia 17 de agosto, chegou a hora de assistir o filme argentino de Néstor Mazzino, Cuando Oscurece.

Retornando ao Festival de Gramado temos Cesar Troncoso (Benzinho), que vive Pedro, um pai que está separado da mãe de sua filha e resolve não a devolver depois dos seus dias de ficar com a menina. Flor (Matilde Creimer Chiabrando) começa encarando tudo como uma grande brincadeira, mas com as negativas do pai em ligar para sua mãe, a menina começa a desconfiar que algo está errado.

César Troncoso e Matilde Creimer Chiabrando em Cuando oscurece
César Troncoso e Matilde Creimer Chiabrando em Cuando oscurece

Cuando Oscurece pode ser considerado um road movie. Acompanhamos a fuga de Pedro para ficar um pouco mais com a sua filha. Enquanto ficamos preocupados com a menina, com a vontade dela ver a mãe, ficamos angustiados com a aflição daquele pai, sem sabermos exatamente o que está acontecendo.

Com um recurso interessante de ir apresentando flashbacks rápidos durante o longa, ficamos o tempo todo tentando montar aquele quebra-cabeças. O que está acontecendo com a menina? O que está acontecendo com seu pai? Por que ele está se negando a entregar a menina para sua mãe? Por que ele não deixa ela falar com a mãe? Esses questionamentos nos deixam presos ao filme do início ao fim.

As atuações do longa, tanto de Matilde quanto de César são ótimas. Os dois passam quase o filme todo sozinhos, conversando e compartilhando tempo juntos. As cenas em que uma menina começa desconfiar do pai são resolvidas com os olhares expressivos de Matilde.

Cuando Oscurece, para quem tem uma criança, é basicamente um thriller psicológico. O desespero de César Troncoso, os olhares de Matilde e nossa ânsia por resoluções constroem e entregam um bom filme.

Veredito da Vigilia

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