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A emoção oferecida por Mogli, o menino lobo

Finalmente fomos assistir o filme o novo filme do Mogli. Como escoteiros, a história do livro da Jângal fez parte da nossa infância. Já adiantamos que é um filme que agrada os apaixonados pela história original de Rudyard Kipling e para aqueles que assistirão o menino lobo pela primeira vez.

A nova versão em Live Action da Disney realmente foi impressionante. O Jon Favreau, diretor do filme, foi incrível mais uma vez. Os efeitos especiais superam as expectativas. Os animais parecem muito reais, tem-se um cuidado de retratar os detalhes dos pelos e os olhos, que são muito expressivos. Além disso, as cenas de ação são muito bem construídas (o que nos rendeu vários sustos). Diferente do que era esperado, não houve exageros. Outro ponto a ser destacado é a fotografia. Desta vez, a Jângal se tornou mais escura e sombria, como Kipling nos apresentou em suas histórias. Devemos dar o devido destaque ao único ator do filme. Neel Sethi viveu um menino lobo que parecia ter saído das páginas do Livro da Selva.

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Apesar dos elogios acima, nem tudo agrada. O longa pecou na forma em que três personagens foram retratados. O Baloo começou a história sendo meio malandro (pelo menos na versão dublada), querendo tirar vantagem da ingenuidade e da revolta de Mogli. Mas durante o resto do filme, aquele que ensina as leis da selva para os lobos da alcateia voltou a exercer seu papel. Não entendi porque o rei Louie parecia uma versão do King Kong ruivo. Ele era enorme e seus bandar-logs, minúsculos. Um exagero bem desnecessário. E a personagem que mais me deixou desapontada com a produção: a Kaa. A serpente tem muito potencial, poderia ser explorada de várias formas, podia aparecer em vários momentos, mas, mais uma vez a cobra foi retratada como uma das vilãs do filme. Porém, são só pequenas coisas que não atrapalham o longa.

O filme emociona, principalmente para quem já conhecia a história. Ao contrário de muitas produções da Disney (e da própria animação de Mogli), o humor é deixado de lado. O longa tem poucos alívios cômicos. Do primeiro filme do Mogli, que marcou a infância, ou porque não, a adolescência da maioria que nos acompanha por aqui, fica se perguntando se temos a clássica canção “Necessário”, que está lá para a alegria geral da galera. E claro, Mogli sentado na barriga do ursão enquanto se deliciam num banho de rio.

Pra quem espera um roteiro idêntico ao livro clássico de Kipling, é bom se desarmar um pouco antes de assistir. A produção vale muito, apesar das divergências de roteiro entre filme e livro. É possível sentir a emoção das histórias do Livro da Selva o tempo todo nas personagens retratadas, nas falas e nos olhos expressivos de cada um dos animais. A história já é conhecida por nós, mas a forma que foi exibida é nova e vale muito a pena conferir.

Veredito da Vigilia

6 thoughts on “A emoção oferecida por Mogli, o menino lobo

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