47º Festival de Cinema de Gramado: Dia 4 contou com Lázaro Ramos e muita emoção
Na segunda-feira, dia 19 de agosto, o quarto dia do 47º Festival de Cinema de Gramado, ocorreram debates, coletiva com Lázaro Ramos, entrega do Troféu Oscarito e exibições da mostra de curtas e de longas nacional e estrangeiro.
Para começar o dia, tivemos o debate de La Forma de Las Horas e Legalidade, filme exibido no dia anterior, domingo, em uma sessão especial em homenagem à Leonardo Machado, ator que faleceu em 2018 e tinha sua carreira marcada por ser apresentador do Festival de Cinema de Gramado.
Debates aprofundaram os filmes anteriores
Paula Luque, diretora do filme La forma de las horas, explicou sobre o uso de uma alocação basicamente única. “A casa sólida, de tijolos crus, é também protagonista no filme. Protagonista na vida do casal que se desfaz, ela é o território do amor e do desamor”, disse ela, que completou, dizendo que a falta e recursos foi a causa principal para o uso de soluções simples e criativas na realização do longa.
Zeca Brito, o diretor de Legalidade, comentou sobre a ideia do filme. “Apresentei para a Cleo a proposta do filme quando ela estava gravando O Tempo e o Vento. De cara, ela aceitou entrar no projeto e autorizou usarmos a foto e o nome dela para captar recursos”, disse o diretor. E Cleo explica o porquê de ter entrado no projeto. “Minha avó materna tinha um retrato do Brizola em casa, ela achava (Brizola) o máximo. Eu tinha quatro anos e achava ele lindo”, brinca a atriz.
Lázaro Ramos e o Troféu Oscarito
À tarde, a imprensa participou de uma coletiva com o ator Lázaro Ramos, que recebeu o Troféu Oscarito nesta edição do Festival. Na ocasião, Lázaro falou sobre sua carreira no cinema, na televisão e nos palcos. O baiano falou também que não se arrepende de nenhum papel, “Nem de Cinderela Baiana”, brincou ele. Leia a entrevista completa aqui.
Quando recebeu o prêmio, Lázaro Ramos fez um discurso relembrando sua trajetória. “Olha o Lazinho onde está. Fiquei pensando no que dizer olhando para aquele menino e que chega a Gramado que só existia nos meus sonhos de ser relevante para alguém. Então vou me dar ao direito de agradecer a quem alimentou isso, a quem me ajudou a ser”, disse ele.
Noite de exibições
Os curta-metragens exibidos na quarta noite do 47º Festival de Cinema de Gramado foram E o que a Gente faz Agora? de São Paulo, da diretora Marina Pontes, que fala sobre feminismo e sobre relacionamentos homossexuais e Menino Pássaro, também de São Paulo, dirigido por Diogo Leite, que conta a história real de um menino que procurou abrigo embaixo de uma árvore, na frente de um prédio.
O longa estrangeiro exibido foi Muralla, filme da Bolívia, dirigido por Gory Patiño. O filme retrata a história de um ex-goleiro de futebol, que já foi astro, mas que hoje em dia sobrevive transportando pessoas e lidando com seus dramas pessoais. Leia a crítica completa aqui.
E para fechar a noite, o longa-metragem brasileiro exibido foi Vou Nadar até Você, de Klaus Mitteldorf, que contou a história de Ofélia (Bruna Marquezine), uma jovem fotógrafa que decide procurar o pai, que ela nunca conheceu. Para essa expedição, ela decide ir nadando. Leia a crítica aqui.
Foto destaque: Cleiton Thiele / Agência Pressphoto