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46º Festival de Gramado: segundo dia teve homenagens, curtas e o primeiro filme estrangeiro

O segundo dia do 46º Festival de Cinema de Gramado contou com uma diversidade de atividades. Além dos primeiros debates sobre os filmes exibidos na abertura, a programação celebrou a criatividade do diretor e cineasta Carlos Saldanha, a maior referência brasileira em longas de animação. Radicado há 28 anos nos Estados Unidos, Saldanha é o responsável por grandes sucessos da animação mundial, como A Era do Gelo (co-diretor nos dois primeiros e diretor do terceiro), Rio (1 e 2), Robôs e o recente O Touro Ferdinando, longa que lhe rendeu uma indicação ao Oscar pela Academia de Hollywood.

Outros momentos esperados pelo público e pela crítica foram as primeiras exibições dos curta metragens nacionais, dos curtas gaúchos e a exibição do primeiro longa estrangeiro: a co-produção entre Alemanha/Brasil /França/ Paraguai/Uruguai, “Las herederas”, de Marcelo Martinessi. A segunda noite encerrou em grande estilo com a première de “Benzinho”, do diretor Marcelo Pizzi, com roteiro de Karine Teles. Fazendo uma boa mescla entre dramas pessoais, mas sempre com muita leveza, o longa foi o mais aplaudido da noite.

Troféu Eduardo Abelin

Carlos Saldanha recebeu o Troféu Eduardo Abelin e participou de uma entrevista coletiva. Foto: Edison Vara/ Pressphoto

Destacando a carreira e toda criatividade que já arrastou milhares de pessoas para as salas de cinema, o 46º Festival de Cinema de Gramado premiou o cineasta Carlos Saldanha com o troféu Eduardo Abelin. Saldanha se disse honrado com a premiação, que lhe foi entregue no intervalo das exibições da segunda noite. “Ter o reconhecimento fora do país é muito bom, mas ter o reconhecimento dentro do nosso próprio país tem um valor ainda maior”, disse após receber o troféu das mãos do também animador, o gaúcho Otto Guerra. Guerra recebeu a mesma honraria na edição de 2017 do Festival.

Debates destacaram O Grande Circo Místico e A Voz do Silêncio

Os longas exibidos na abertura do festival ganharam a sala de imprensa do Hotel Serra Azul onde ocorrem os debates com jornalistas e cinéfilos. O elenco de O Grande Circo Místico abriu os trabalhos, liderados pelo diretor Cacá Diegues, pela produtora Renata Magalhães e o elenco, que é formado por Jesuíta Barbosa, Mariana Ximenes, Marcos Frota e Bruna Linzmeyer. Logo no início da coletiva, a produtora informou que o longa não vai mais estrear no mês de setembro. “Tivemos uma alteração na data e O Grande Circo Místico vai chegar aos cinemas um pouco mais tarde, somente em novembro”, destacou Renata.

Diretor e elenco de O Grande Circo Mistico – Foto: Fabio Winter / Pressphoto

O veterano Cacá Diegues defendeu sua obra, que poderá gerar alguma polêmica entre o público. A história de cinco gerações de donos de circo através dos tempos tem imagens fortes, muito drama e representações femininas um tanto discutíveis. “Estou tentando resgatar o barroco brasileiro. E hoje em dia não tem como fazermos um filme sobre felicidade com os tempos que vivemos”, apontou.

André Ristum e o elenco de A Voz do Silêncio – Foto: Fabio Winter / Pressphoto

Na segunda parte dos debates, o diretor André Ristum trouxe o elenco de A Voz do Silêncio. Entre eles Marieta Severo, Arlindo Lopes e Carlos Jaborandy. O cineasta recebeu vários elogios pela obra (a crítica completa você lê aqui), que retrata um cenário real de uma grande metrópole brasileira, costurando pequenas histórias de vários personagens. “Pode ser considerado um retrato bem pessimista, mas na verdade, são histórias muito reais e inspirados na vida de pessoas reais”, apontou Ristum.

A Cobertura da Vigília no Festival de Cinema de Gramado tem apoio da TCA 30 Anos – Internet de Fibra.

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