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Predadores Assassinos, a prova que é possível ser bom e barato | Crítica

Chegando nos cinemas brasileiros no dia 26 de setembro temos Predadores Assassinos (Crawl). Aquele tipo de filme que é a prova de que é possível ser bom, barato e sucinto. Para mostrar que a equação superprodução mais super-orçamento nem sempre é o suficiente para formar um produto competente. Aquele filme que mistura entretenimento, tensão, terror e suspense e ainda consegue ser divertido sem qualquer tipo de grandiloquência. E tradicionalmente este tipo de produção tende a ser melhor com o “menos é mais”. O gênero de terror vem provando isso ao longo do tempo. A falta de recursos acaba promovendo a criatividade, e é o que acontece com o filme do diretor Alexandre Aja (Viagem Maldita),  que tem auxílio do experiente (e excelente) Sam Raimi como produtor. Para entreter, assustar e divertir, dinheiro não é tudo.

Feita a introdução é importante destacar também que Predadores Assassinos é aquele típico filme de terror que envolve animais ferozes. É cinema de entretenimento, sem grandes responsabilidades ou apegos com a realidade em 100% do tempo. A história apresenta a nadadora Haley (Kaya Scodelario) em busca do pai (Barry Pepper) que está isolado em uma área que será atingida por um enorme furacão na Flórida. Em pouquíssimo tempo de tela já temos o plot estabelecido. Sem enrolações, mas o suficientemente bem contada para nos preocuparmos com a família e seus vínculos. E prepare-se, vai ser rápido para chegar ao primeiro susto.

Kaya Scodelario e Barry Pepper nunca imaginaram que sair de casa seria tão problemático. Crédito Fotos: Sergej Radović (Paramount Pictures)

O thriller de terror vai melhorando quando Haley encontra o pai gravemente ferido no porão de sua casa. Mas ele não estará sozinho. Como a Flórida é uma região de grandes concentrações de jacarés, os personagens terão um desafio (ou vários) por enfrentar. A contar um grande furacão; uma grande enchente, e, muitos, mas muitos jacarés. E tudo que Predadores Assassinos precisa para segurar o espectador na cadeira se passa em uma casa, com um punhado de atores e uma dose de tela verde. Simples assim. 

Kaya Scodelario é Haley e vai nadar com tuba…digo, jacarés!

Com os conflitos estabelecidos, a tensão em Predadores Assassinos vai crescendo. E claro, teremos a nossa quantia de sangue e cenas gore o suficientes para completar o check-list de filmes de terror. Vale destacar que você provavelmente vai se assustar muito mais aqui do que em IT: Capítulo 2, por exemplo. Os jumpscares são altamente funcionais. E mesmo que você solte a risada em um ou outro momento (pode ser por nervosismo, ou ainda porque aconteceu algo muito inusitado), a diversão vai se refletir na sensação final, quando subirem os créditos na tela. Predadores Assassinos é muito honesto na proposta que vende e no produto que entrega. E isso hoje em dia é ótimo.

Procurando uma sessão da tarde bem sangrenta? Então recomendo suas atenções para Predadores Assassinos.

Veredito da Vigilia

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