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“Para todos os garotos: Agora e para sempre” encerra a trilogia de amor colorido na Netflix

Prontos para mais reviravoltas no amor? Para todos os Garotos: Agora e Para Sempre fecha a trilogia dos livros de Jenny Han adaptados para filmes na Netflix e, assim como os anteriores, apresenta sua fórmula certeira de cores, fofurinhas, reviravoltas (tá, nem tanto) regadas com uma excelente trilha sonora. O combo perfeito para quem já gostou das aventuras amorosas de Lara Jean (Lana Condor), sua família e colegas de High School. Mesmo antes de terminar essa crítica você já pode saber, essa trilogia é uma das adaptações mais competentes que a Netflix já produziu para o seu catálogo. Sabemos onde estamos, onde pisamos e para onde vamos, mas sempre curtindo ao máximo as “confissões de adolescente” do grupo que ainda conta com Margot (Janel Parrish), a doçura de Peter (Noah Centineo), a maluquinha Christine (Madeleine Arthur), a sempre presente Kitty (Anna Cathcart), Trevor (Ross Butler) e até a chata Gen (Emilija Baranac).

Desta vez, Lara está prestes a terminar o Ensino Médio e tem planos para toda a vida com Peter. Depois de sua viagem (que garante takes divertidíssimos e sempre muito coloridos) para Seul, ela retorna com aquela certeza de que vai para a mesma faculdade dele, e eles dividirão tudo, sempre estando pertinho um do outro até a chegada do casamento, etc, etc… Mas é claro, estamos em uma comédia romântica e, por mais óbvio que seja o roteiro dos livros de Janny Han (na TV trabalhado por Katie Lovejoy), teremos nossos obstáculos. Entre eles o novo casamento do paizão Corvey (John Corbett), o baile de formatura, e o pai ausente de Peter (uma ponta de Henry Thomas) e o mais importante deles: ela não será aceita na mesma universidade que Peter.

noah centineo para todos os garotos agora e para sempre
Você vai pegar essa referência se: 1 – for cinéfilo, 2- for um pouquinho mais velho

Sempre andando em fogo baixo, os grandes conflitos de Para todos os garotos: Agora e para Sempre mostra o amadurecimento do grupo e da própria trilogia, que foge de desmaios forçados e aventurinhas bobinhas para o conflito de decisões que vão impactar para sempre o futuro de Lara. Quem diria que depois de tudo que ela passou nos filmes anteriores agora a sua grande paixão pela escrita criativa, cartas e tudo mais ganharia não um outro homem (ou par), mas uma cidade inteira como rival. Tudo culpa de Nova York e as possibilidades de uma das maiores metrópoles do mundo. A jornada de crescimento do casal – que ok, vamos combinar escorre doçura até demais – demonstra um dilema tradicional, afinal, não é só uma pessoa que tem que ceder para que as coisas aconteçam.

As garotas só querem se divertir! E aqui, se apaixonar por Nova York

Dinâmico em seu início e meio, mas um pouco arrastado no fim (fiz um trocadilho com a música que… bom você saberá se assistir), o diretor Michael Fimognari (que só não dirigiu o primeiro Para Todos os Garotos Que Já Amei) prova que as comédias românticas são um grande trunfo dos serviços de streamings. Principalmente as que surgem com essa característica de Sessão da Tarde adolescente. Elas são um produto perfeito para este tipo de janela de exibição. Quase não há ressalvas para se apontar. Apenas que a história está toda em seu lugar e reflete bem os dilemas desse contexto social clássico do High School que há tanto tempo assistimos em produções dos Estados Unidos. Se fosse no Brasil eles não teriam nem conseguido fazer o Enem.

Então, não há qualquer dúvida na hora de dar o play em Para todos os garotos: Agora e para Sempre. Se o primeiro foi um convite para se apaixonar, o segundo foi para se redescobrir, esse é para sentenciar, amadurecer e crescer. E perceber que num relacionamento não são só duas pessoas, mas também seus sonhos e individualidades. A pipoca é garantida.

Veredito da Vigilia

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