MIB: Homens de Preto Internacional e alienígenas dançarinos | Crítica
Salvar o mundo de alienígenas? Agentes secretos? Armas incríveis e muita nostalgia vinda dos outros filmes da franquia? É assim que MIB: Homens de Preto Internacional pretende chegar aos cinemas do mundo inteiro. Com sua estreia marcada para dia 13 de junho, o longa tem direção de F. Gary Gray, que também foi o responsável por Velozes e Furiosos 8 e Straight Outta Compton: A história do N.W.A.
Se você lembra dos outros filmes da franquia, sabe que a principal missão dos agentes é manter a paz e a ordem na terra, que é um território neutro para terráqueos e alienígenas que buscam abrigo aqui. Porém, dessa vez, os “vingadores” Agente M (Tessa Thompson) e Agente H (Chris Hemsworth) precisam derrotar um inimigo mais perigoso: um espião dentro da organização e que está colocando a vida no universo em perigo.
Não é a primeira vez que vemos Tessa e Chris juntos, sendo que eles são Thor e a Valquíria no MCU. A dupla funciona bem nos filmes de heróis e não deixa a desejar em MIB: Homens de Preto Internacional. A Agente M, personagem interpretada por Tessa, é muito crítica e cética sobre algumas coisas, enquanto Chris faz com que Agente H seja um pouco do padrão “bonito, mas não tão brilhante”. Vendo que a ideia de MIB: Homens de Preto Internacional é ser um filme de comédia, não há uma grande evolução nos personagens ou aprofundamento em suas histórias, deixando elas um pouco rasas. Porém, no fator conexão entre o ator e a atriz, eles fazem uma ótima dupla.
Duas pessoas que roubam a cena, mesmo no meio de tantos efeitos especiais, são os atores gêmeos que interpretam os alienígenas super poderosos e misteriosos dessa versão. Laurent e Larry Nicolas Bourgeois, conhecidos com Les Twins, foram escolhidos especialmente para viverem essa manifestação de energia que se move de maneiras que não pode ser humana. Os irmãos franceses são bailarinos e coreógrafos conhecidos mundialmente e deixam a ideia de “vilão” ainda mais incrível, porque eles possuem, no máximo, 10 falas. Tudo é muito passado por meio do movimento e linguagem corporal. Ótima escolha da produção.
O que MIB: Homens de Preto Internacional tem de peso no elenco, porque além de contar com Tessa Thompson, Chris Hemsworth e Les Twins, ainda temos nomes conhecidos como Liam Neeson (As viúvas, 2018), Emma Thompson (Walt nos Bastidores de Mary Poppins, 2013) e Rebecca Ferguson (Missão: Impossível – Efeito Fallout, 2018), alivia no roteiro/história. Todo ele é bem batido, até bem previsível. Mas, se formos analisar em um todo, toda a franquia de MIB: Homens de Preto não se apoia em um grande plot revolucionário para cada filme. Eles possuem uma missão: salvar a terra. Basicamente é isso que será feito, com armas divertidas, raios e explosões.
Um ponto para análise: Chris Hemsworth é um bom ator? Depois de MIB: Homens de Preto Internacional se faz necessária essa comparação com os demais trabalhos dele. Tudo estava bem – e engraçado – até ele fazer uma piada segurando uma marreta de construção. Se formos pensar, Thor (exceto em Ragnarok, esse filme é algo que merece uma explicação fora do arco de qualquer outro filme da MCU), Agente H e Kevin, de Ghostbusters, são, basicamente, o mesmo personagem. Eles não mudam muito em profundidade ou em linhas de comédia – e sei que é ousado falar isso e colocar Thor junto no mesmo cesto, mas é bem sério e creio que a razão para isso acontecer seja o fato de que Chris Hemsworth talvez só saiba fazer um tipo de humor. É um humor ruim? Não, não é. Só pode se tornar repetitivo depois de um tempo.
Então, preparem-se para salvar a terra mais uma vez e agora com uma protagonista mulher! MIB: Homens de Preto Internacional chegou aos cinemas e a Vigília recomenda!