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Jennifer Garner volta para a ação em A Justiceira | Crítica

Sabe aquele filme em que matam a família de alguém e essa pessoa busca por vingança e se transforma em um grande justiceiro? Pois é, temos mais um na conta. Desta vez com Jennifer Garner no comando de – olha só que incrível esse nome – “A Justiceira” (mas no original é Peppermint). O longa, dirigido por Pierre Morel (Busca Implacável) e escrito por Chad St. Jones (Invasão à Londres), estreia em todo o Brasil no dia 18 de outubro, e não tem vergonha nenhuma em repetir a história exata de Frank Castle, o Justiceiro dos quadrinhos da Marvel.

 

Fora o roteiro batido e uma nova roupagem, A Justiceira pode até divertir o espectador mais desavisado. Como nos tradicionais filmes de ação, temos o sentimentalismo dado a protagonista, que tem perdas importantes e que é jogada contra a sociedade por um sistema criminoso que não está somente nas ruas, mas também nos tribunais. E com uma pequena forçada de barra, temos a, então bancária, Riley North (Jennifer Garner), fugindo até mesmo de uma quase internação em uma clínica psiquiátrica. Mas não é lá muito convincente. A forma que temos a transformação da mãe de família em justiceira é também acelerada, e nem importa muito ver como ela ficou tão bombada e perita em armas. O negócio é ir direto pra vingança mesmo.

Jennifer Garner manja dos paranauês em A Justiceira

É nessa parte que o filme esquenta. Jennifer convence (e tinha histórico para isso) como vingadora. Não à toa ela passou por um intenso treinamento de fortalecimento corporal e habilidade como boxe, krav magá, musculação e condicionamento físico. Faltou alguma coisa? Ah, sim. Ela também teve um intensivo para melhorar manuseios de armas com a Marinha norte-americana. Então, ação descompromissada e aquela tradicional e dinâmica apresentação dos novos dotes da nossa justiceira vão aparecendo. Mostrando que, tal como Frank Castle, ela não terá pudor em puxar o gatilho e esfaquear os inimigos.

No final das contas, A Justiceira é apenas mais um filme de ação, com boas cenas, alguns alívios cômicos, o trauma inicial e a redenção da heroína. Vale para comer pipoca sem preocupações com um roteiro surrado, mas que, querendo ou não, sempre “funciona” para o gênero. Mas nada comparado com Atômica ou John Wick. Pelo menos também não é um absurdo, como foi com Elektra (do longínquo ano de 2005).

Veredito da Vigilia

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