Jean-Luc Godard, diretor ícone da Nouvelle Vague, morreu aos 91 anos

Na madrugada de terça-feira, dia 13 de setembro, o mundo se despede de um dos seus diretores de cinema mais revolucionários. Jean-Luc Godard faleceu aos 91 anos. De acordo com a Agência de Notícias Francesa (AFP), o diretor faleceu pacificamente em casa na Suíça. Anne-Marie Mieville, sua esposa, estava ao seu lado no momento.

O diretor franco-suíço marcou a história do cinema quando se tornou uma figura importante do movimento Nouvelle Vague, que mudou a forma de dirigir nos anos 1950 e 1960. Conhecido por seu estilo de filmagem, que parecia ser até mesmo improvisada, tinha uma estética muito particular e inspirou a direção cinematográfica do mundo todo.

Godard era conhecido por seus cortes bruscos, a câmera em mãoes e muito diálogos profundos. Em mais de sete décadas de carreira, o diretor ofereceu aos cinéfilos mais de 40 longas-metragens.

Vida e Obra

Nascido em 1930, Godard começou sua carreira como crítico de cinema. Apaixonado por cinema, começou a fazer filmes e documentários experimentais. Brigitte Bardot foi uma de suas musas. Dois dos seus filmes mais conhecidos, Acossado (1960) e O Desprezo (1963) foram estrelados por ela.

O diretor é responsável também por Viver a Vida, de 1962, Alphaville e O Demônio das Onze Horas (os dois são de 1965), Week-End à Francesa (1967), Carmen, de 1983, Eu Vos Saúdo Maria (1985) e Adeus à Linguagem, de 2014, que rendeu ao diretor um prêmio do júri do Festival de Cannes. Em 2018, ele concorreu pela Palma de Ouro em Cannes por Imagem e Palavra.