CríticaSéries

Jack Ryan | Crítica da 1ª temporada

Jack Ryan é o atual carro chefe do serviço de streaming da gigante americana de comércio eletrônico Amazon. Com uma superprodução milionária, a empresa de Jeff Bezos apostou na principal obra do escritor americano Tom Clancy (falecido dia 1º de outubro de 2013) para alavancar o seu repertório de conteúdo original do Amazon Prime Video (já disponível no Brasil).

A obra de Tom Clancy reúne cerca de 24 livros escritos com o personagem Jack Ryan, desde 1984 com “A Caçada ao Outubro Vermelho”, até o lançado esse ano Line Of Sight (escrito por Mike Maden e ainda não lançado no Brasil). O personagem também já foi visto por algumas vezes no cinema, como no próprio Caçada ao Outubro Vermelho, de 1990, dirigido por John McTiernan e estrelado por Sean Connery e Alec Baldwin no papel de Jack Ryan. Ou ainda Jogos Patrióticos, de 1992, dirigido por Phillip Noyce com Harrison Ford como Jack Ryan. Ford ainda repetiu a atuação em Perigo Real e Imediato de 1994. Em 2002, nosso ‘Batman’ Ben Affleck assumiu a atuação em A Soma de Todos os Medos, e mais recentemente, Chris Pine esteve com Operação Sombra: Jack Ryan de 2014.

Jack Ryan também esteve nos games em Splinter Cell e Rainbow Six e ainda assim temos uma dezena de obras com esse analista da CIA que podem ser adaptadas (que continuem com a série por favor) para as telas. O autor nos deixou muitas obras com o tema de espionagem e guerra, como é o que vimos (finalmente) na série com John Krasinski (Um Lugar Silencioso), que pode realmente virar o Jack Ryan definitivo da cultura pop.

De posse do personagem, os criadores e produtores da série Carlton Cuse (responsável por séries como The Strain e LOST) e Graham Roland (The Returned, Almost Human) seguiram a ideia de trazer atores competentes da comédia para ação (oi Chris Pratt) e buscaram John Krasinski que já vinha do ótimo Um Lugar Silencioso e da série de televisão The Office, a qual o revelou para o mundo.

Enfim, dado todo o contexto da qualidade da série, quero dizer que ela é sim todo esse alvoroço de marketing que a Amazon vem fazendo. Roteiro afiado, cenas de ação excelentes e agoniantes (falamos um pouco quando vimos o episódio piloto na SDCC, escute o episódio do Torre de Vigilância), e com John Krasinski, que apesar de não ter a fisionomia de um agente hiper mega bad-ass, consegue cativar e nos fazer torcer para ele, e às vezes até não gostar das atitudes corretas demais dentro do contexto de guerra da Síria. É nessa guerra que Jack Ryan precisa impedir o líder de uma célula terrorista islâmica a concretizar os crimes de vingança originados em seu passado. Esse mesmo líder anárquico, ao mesmo tempo, tem um carinho incrível com a família (que nos faz torcer muito para que os filhos escapem das mãos do pai).

Jack Ryan da Amazon é uma história original, não vista em nenhum outro filme, game ou livro, e, conforme o produtor Roland Graham contou a Entertainment Weekly, é um reboot do personagem nas telas, e também um prequel, pois mostra Ryan nos primeiros dias na CIA.

Já renovada para uma segunda temporada em 2019, Tom Clancy’s Jack Ryan da Amazon está surgindo como um novo universo, o Ryanverse. A Vigília Recomenda!

Veredito da Vigilia

Éderson Nunes

@elnunes

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *