Histórias Breves: assistimos os curtas de Elite

Se você já assistiu as três temporadas de Elite, deve ter percebido que o Colégio Las Encinas é palco de alguns assassinatos, fazendo com que a polícia faça frequentes visitas aos alunos. Mas o que aconteceria se nós acompanhássemos a história criada pelos diretores Ramón Salazar, Dani de la Orden, Silvia Quer e Jorge Torregrossa sem nenhum aluno morto ou segredo compartilhado entre um grupo de estudantes transgressores?

Pois bem, é isso o que vemos em Elite: Histórias Breves, que funcionam como uma mistura de “pós-créditos” com prólogo da quarta temporada, que chega no dia 18 de junho, na Netflix. Histórias Breves possui quatro partes, cada uma com três capítulos e focada em um núcleo da série. Começando no dia 14 de junho, um a um, os episódios ingressarão diariamente o catálogo, concluindo sua estreia na véspera da nova temporada. 

Nós aqui da Vigília já assistimos e vamos apresentar um pouco mais de cada uma dessas Histórias Breves de Elite. Confira abaixo:

Guzmán + Caye + Rebe (estreia segunda-feira, 14 de junho)

Já começamos com a história mais louca das quatro. Rebeka (Claudia Salas) e sua mãe se mudam e para inaugurar a casa nova, a extravagante adolescente resolve dar uma festinha. O problema é que aparecem apenas duas pessoas: Cayetana (Georgina Amorós) e Guzmán (Miguel Bernardeau). Devido a um acontecimento inofensivo, pelo menos aos olhos dos convidados, a ida ao novo lar de Rebe acaba se transformando em uma noite tensa e com um final meio galhofa. Com uma mistura de suspense e comédia, chegando a tirar sarro do fato de sempre algum aluno morrer na série, esse episódio poderia ser melhor se a atuação de Georgina Amorós não fosse tão caricata. Detalhe para o trabalho de cores aqui, que ficou muito bom.

Nadia + Guzmán (estreia terça-feira, 15 de junho)

Cada episódio de Histórias Breves parece brincar com um gênero cinematográfico específico. No episódio sobre Nadia (Mina El Hammani) e Guzmán, vemos aquele clima de filme romântico adolescente. Parece retirado de um livro. Nadia está morando nos Estados Unidos e o relacionamento a distância com o bonitão parece começar a estremecer quando ela precisa esconder um segredo, mas que não demora a ser revelado. Por terem uma relação construída de forma mais natural durante a série, esse é um casal perfeitamente “shippavel“, fazendo o público torcer pelos dois. Mesmo assim, Nadia parece impor mais obstáculos dos que os necessários, afastando um pouco Guzmán, que se mostra firme e forte em suas convicções.

Omar + Ander + Alexis (estreia quarta-feira, 16 de junho)

Definitivamente, este é o melhor episódio de Histórias Breves: Elite, deixando o anterior em segundo lugar. A história foca em um Ander (Arón Piper) já recuperado do câncer, que ajuda ao máximo o seu novo amigo Alexis (Jorge Clemente), que não parece estar melhorando com a quimioterapia. Com isso, ele e seu namorado Omar (Omar Ayuso), decidem levá-lo á nova casa de Rebeka para se animar. É aqui que percebemos as Histórias Breves se conectando em uma linha cronológica, meio que de trás para frente. Focado no drama, a terceira parte é a melhor por mostrar o shipp OmAnder resolvido, sem arranjar uma desculpinha para não ficarem juntos. As questões levantadas sobre a vida são bem reflexivas.

Carla + Samuel (Estreia quinta-feira, 17 de junho)

Por fim, temos o episódio mais picante da série. Claro, ele envolve Carla (Ester Expósito) e Samuel (Itzan Escamilla). O casal que eu não consigo shippar, achando forçado, só para manter o complexo de Dama e Vagabundo que vimos na primeira temporada, quando Samuel se envolveu com Marina (María Pedraza), continua mostrando que o rapaz humilde batalha para conseguir as suas coisas e a marquesa não consegue entender o valor desse esforço. No final das contas, cada um tem um pouco de razão nos argumentos utilizados nas brigas, mas parece que o único jeito que podemos ver os dois se entendendo é na cama.

Elite: Histórias Breves mostra o relacionamento moderno dos adolescentes, que parecem utilizar o celular para tudo, mesmo estando próximos ou até mesmo como um mecanismo para se criar coragem. Além disso, é interessante assistirmos a uma série sem o seu miolo ou mistério a ser resolvido. Aqui, temos apenas algumas arestas sendo aparadas, para que possamos chegar na quarta temporada virando certas páginas. Realizar essa proposta depois de três temporadas se mostrou assertiva, uma vez que já nos afeiçoamos o suficiente a esses personagens, querendo saber apenas o que eles fazem quando não estão matando outros colegas de classe. 

Ah, a quinta temporada de Elite já está confirmada pela Netflix.