CríticaFilmes

Detetive Pikachu: Um presente para os fãs de Pokémon | Crítica

Trazer uma franquia tão amada e tão complexa como a de Pokémon para os cinemas não é, e nunca será uma tarefa fácil. Ainda mais, quando isso envolve uma adaptação em live-action. Mas o diretor Rob Letterman (O Espanta Tubarões) acertou a mão com Detetive Pikachu, que chega aos cinemas do Brasil na quinta-feira, dia 9 de maio.

A trama se passa nas ruas de neon da Metrópole de Ryme City, um paraíso na terra (uma mistura de Londres com Tóquio), onde humanos e pokémon (é uma palavra tipo Jedi, não é ‘pluralizada’) vivem lado a lado, como iguais. Quando Tim (Justice Smith) recebe a notícia de que seu pai, o investigador Harry Goodman (mistério!) sofreu um trágico acidente, ele precisa ir até a cidade utópica, onde se depara com um “Detetive” Pikachu (Ryan Reynolds) falante e um mistério envolvendo a morte de seu pai. Um grande ponto para a escolha de Ryan Reynolds para “viver” o pokémon mais querido do mundo.

Você vai se deslumbrar com o visual do filme

Detetive Pikachu é um grande presente aos fãs da franquia. O CGI de todos os pokémon estão muito bem acabados. Esse sempre é um medo dos fãs quando se trata de live-action, pois, quando os produtores tentam trazer realidade a algo 2D, acabam errando a mão e criando coisas bizarras, o que não aconteceu em Detetive Pikachu.

Logo no começo, já nos deparamos com uma cena conhecida dos fãs, quase que recria a icônica explosão do laboratório causada por Mewtwo, cena que também abre o filme Mew VS Mewtwo (1998). Outros vários toques do mudo pokémon são mostrados ao longo do filme, como cartazes falando em cidades como Cerulean (a mesma onde Misty e suas irmãs possuíam o ginásio aquático). Os policiais andam com Growlithes como companheiros, tal qual no anime, enfim, uma série de pequenos detalhes que nos transportam de volta para a infância e a um mundo mágico, onde animais não existem (pelo menos não são mostrados) e os pokémon dominam.

Mewtwo está tão poderoso quanto os fãs gostariam

Outra coisa que nos remete ao mundo do anime é o fato de citarem que Mewtwo estava desaparecido a mais de 20 anos. Se você se lembra, no final do filme de 1998, Mewtwo e seus clones pokémon saem voando, dizendo que iriam se retirar, pois Mewtwo já não odiava a humanidade. Agora, encontrado, novamente ele é levado a um laboratório, onde ele é vítima de experiências obscuras.

Mewtwo em sua forma clássico

No quesito história, a trama fica um pouco enrolada do meio para o final do filme. Se você não for um amante da franquia, a beleza e o esplendor são colocados de lado enquanto a história se desenvolve, o que põe os pokémon em segundo plano, e foca na relação entre Tim e Pikachu, bem como na relação com seu pai. Os fatos são bastante previsíveis, mas não chegam a ser um problema. Outro aspecto que você poderá reparar é que em alguns momentos, os pokémon são usados sem grande importância para a história, mas apenas para o deslumbre dos fãs. O elenco se completa com Kathryn Newton como a quase jornalista Lucy Stevens, Ken Watanabe como o policial Yoshida e Bill Nighy como o vilão Howard Clifford.

No final, Detetive Pikachu é uma homenagem a essa franquia criada em 1996, e que até hoje tem fãs pelo mundo, sempre estando presente nos holofotes da mídia. O filme é uma prova da renovação da franquia com bom uso da tecnologia, abrindo um leque para futuros filmes, e claro, mais uma vez nos transportar ao mundo que sonhávamos quado éramos crianças: um mundo habitado por pokémon.

A Vigília recomenda!

Veredito da Vigilia

Zeh Marquez

Apaixonado por e-Sports e estudante de Publicidade e Propaganda.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *