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De Repente uma Família: drama e comédia na dose certa | Crítica

Sabe aquele sentimento de coração quentinho depois de algo que nos faz sentir bem? É com essa energia que De Repente uma Família chega aos cinemas do país todo. Outra coisa legal: o filme foi inspirado na vida do cineasta Sean Anders (Pai em Dose Dupla 1 e 2) que escreveu e dirigiu o filme.

Olha esse elenco!

Não lembro de ter assistido muitos filmes sobre adoção durante minha vida toda, então, é possível dizer que o plot do filme não é “batido”, porém, as situações são um pouco repetitivas, usando alívios cômicos que outras comédias familiares também já usaram. A ideia central é bem simples: um casal estável decide adotar uma criança. O conselho diz que a criança tem dois irmãos. Eles acabam acolhendo os três numa espécie de “período de testes”.

Ellie (Rose Byrne) e Pete (Mark Wahlberg) acolhem a adolescente Lizzy, interpretada por Isabela Moner (Transformers e a futura Dora Aventureira), e seus dois irmãos mais novos: Juan (Gustavo Quiroz), que sofre de algum tipo de ansiedade social que o deixa sempre muito nervoso, e a menorzinha, Lita (Julianna Gamiz), que é completamente fofa porém um furacão que consegue xingar em dois idiomas e gritar a plenos pulmões não importa a hora do dia.

Problemas entre mãe e filha? Tem sim!

É interesse acompanhar o desenvolvimento da história, como os novos “pais” se preparam para receber as crianças em casa, como o sistema de adoção e acolhimento funciona, e um pouco de como é montar uma família. Sean Anders conseguiu abordar temas bem delicados, como famílias mestiças, uso de drogas, pedofilia e preconceito contra a adoção de uma forma muito envolvente.

O grande “problema” é que o filme é uma comédia, então algumas situações são feitas para serem engraçadas, porém, elas não fazem sentido. Sem spoilers, mas tem um momento em que Pete e Ellie são levados para a delegacia, o que é super sério quando levando em conta o processo de adoção. Mas, milagrosamente, as crianças continuam com eles! Gente, como assim? Entendo que o alívio cômico tem essa função de deixar a história mais leve, mas “bora” trabalhar isso daí.

As partes dramáticas são de quebrar o coração. Acho que minhas duas preferidas são quando Pete e Ellie decidem trazem os três irmãos para casa e no momento em que Juan precisa ir para o hospital. Chorei assistindo? Chorei sim. Também é interessante que mesmo que seja um filme baseado em fatos reais, podemos conhecer uma realidade que talvez muitos de nós não tenham nem noção de como é, que é o processo de adoção.

Meu Deus, essa vó não parece uma personagem de filme de terror????

Uma menção honrosa muito necessária: Octavia Spencer. A ganhadora do Oscar interpreta uma das agentes sociais responsáveis por ajudar na aproximação de crianças e suas novas famílias e ela não decepciona em nenhum momento. Sou #TeamOctavia sempre.

De Repente uma Família chega aos cinemas de todo o Brasil no dia 29 de novembro e a Vigília recomenda!

Veredito da Vigilia

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