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Cara x Cara tem uma ideia boa, mas só isso | Crítica

Cansaço, excesso de trabalho e de cobranças. Esse é um resumo do mundo moderno que pode assustar, mas que acomete todo mundo que está entre os 20 e poucos e os 40 e poucos. E é sobre isso que fala a nova série original da Netflix Cara x Cara, que aposta na força do astro Paul Rudd (Friends, Vingadores, Homem-Formiga).

Paul Rudd é Miles… e Miles. Um jovem publicitário que chegou ao esgotamento e resolve ir para um Spa, indicado por um colega do trabalho. Apesar do valor e de um lugar nada convidativo, Miles aposta suas fichas e o dinheiro da fertilização que ele e a esposa estão juntando para ser uma versão melhor de si mesmo. Mas o que ele não contava era que essa versão fosse um clone.

Paul Rudd consegue fazer os dois Miles iguais e diferentes, ao mesmo tempo, e muito bem feitos. A série se sustenta, totalmente, no nosso Homem-Formiga.

Cara X Cara é um daqueles casos em que a ideia é boa, mas a execução é péssima. Com cenas longas, desnecessárias e arrastadas, uma montagem que não favoreceu e um ritmo que não convence nos primeiros episódios, a série poderia ser resumida em um filme de 1h30 e a história seria muito mais clara e convidativa.

Quem espera cenas hilárias e comédia o tempo inteiro pode se decepcionar. Cara x Cara é muito mais sobre os dilemas trágicos da vida atual do que uma comédia sobre ter dois dele mesmo. As risadas são escassas, mas as lágrimas e o clima pesado aparecem.

No geral, Cara x Cara pode ser uma boa série para quem é fã de Paul Rudd ou para quem está curioso com a ideia. Caso você queira assistir, após os quatro primeiros episódios, a série começa a engrenar. 

Veredito da Vigilia

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