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11 diferenças entre o novo anime e o mangá dos Cavaleiros do Zodíaco

A segunda parte do remake dos Cavaleiros do Zodíaco estreou na Netflix no dia 23 de janeiro, e com ele tivemos algumas mudanças bem perceptíveis em relação a obra original de Masami Kurumada. 

Por isso, resolvemos apontar quais são elas e como essas mudanças afetam a história. Lembrando que vamos nos ater aos acontecimentos do mangá, já que foi por essa fonte que o novo anime se baseou para construir a sua história.

1- Seiya recebe a armadura de ouro das mãos de Mú

A armadura de ouro de Sagitário sempre sendo o Deus Ex-Machina do Seiya

No mangá assim como na nova série, é Mu de Áries o responsável por salvar Seiya e seus amigos da morte após o grande embate com Ikki de Fênix. Porém, o cavaleiro de Ouro não entrega a Pégaso a armadura de ouro (ela já está com os cavaleiros de Bronze, mas separada em partes). Ele apenas se afasta logo após Marin “matar” o cavaleiro de Bronze, mas fica assistindo de longe, assim como está na nova série da Netflix. 

2- Seiya vs Misty

Misty peladão também deu as caras no anime

No novo anime (ou remake) – como era de se esperar – um momento ficou de fora da luta entre o cavaleiro de Pégaso e o de Lagarto: o nude de Misty! No mangá, o bonitão fica indignado depois que o sangue de Seiya suja o seu corpo, levando-o a banhar-se no mar para remover tal “impureza”. No anime dos anos 80 também temos essa cena.

3- Túmulos dos cavaleiros de Bronze

Não sabia que os cavaleiros trabalhavam com cartões de visita

Derrotado o cavaleiro de Lagarto, Seiya vai atrás dos túmulos de seus amigos para saber se estão realmente mortos. No mangá, nosso protagonista ao abrir as covas, encontra os cavaleiros Negros e cartas com o nome da constelação de cada um no lugar dos corpos de Shiryu e os demais, descobrindo que tudo não passou de uma ilusão elaborada por Marin e Mú para enganar os inimigos de Prata (me pergunto onde mandaram imprimir esses cards). No remake, temos apenas os elmos dos cavaleiros Negros.

4- Marin e Seiya

Mais que irmãos, brothers

A nova série da Netflix retratou fielmente o momento em que é revelado a Seiya que Marin de Águia pode ser a sua irmã desaparecida há anos. Porém, (ALERTA DE SPOILER) ficamos sabendo depois que Seika havia perdido a memória e estava nos arredores do Santuário. No remake Marin e Seika dão indícios de realmente serem a mesma pessoa.

5- A Luta que faltou

No remake faltou essa surra do Hyoga no Babel

No novo anime, depois da luta de Seiya contra Misty, temos logo o embate entre Marin e os cavaleiros de Prata de Baleia e Cães de Caça, dando origem a cena citada acima, na qual Pégaso descobre que a amazona é sua “irmã”. Entretanto, no mangá, entre esses dois encontros, vemos Hyoga ressurgindo e derrotando Babel de Centauro, coisa que ficou de fora da nova versão. No anime, esse confronto ficou realocado mais para frente quando Saori revela ser a reencarnação de Atena e temos a aparição dos “espetaculares” Cavaleiros de Aço.

6- As asas do Pégaso

A nova série está muito mais para “Angel Seiya” do que para “Saint Seiya”

Na luta de Seiya contra o cavaleiro de Baleia, asas são projetadas no herói, como as de um anjo (ou Pégaso mesmo). Nas páginas do mangá (e no anime também) isso foi muito mais um recurso visual, ilustrando o ponto de virada na batalha entre os dois. Porém, o novo anime resolveu adotar isso e vemos outras vezes essa mesma manifestação, servindo para mensurar quando o cavaleiro de Bronze está em seu ápice. 

7- A revelação de Atena

Brilhando assim não tem como esconder que você é uma deusa

Concluídos os primeiros confrontos com os cavaleiros de Prata, os bronze boys se reúnem com Saori Kido em um esconderijo, mas nem isso foi o suficiente para evitar o sequestro da garota por Jamian de Corvo e Shina de Cobra. No mangá, é justamente nesse encontre entre Seiya e companhia com a neta de Mitsumasa Kido que ficamos sabendo que, na verdade, ela é a reencarnação da deusa Atena. Até então, os cavaleiros de Bronze não estavam muito afim de defendê-la com unhas e dentes, mas simplesmente cumprir a missão de resgatar as partes da armadura de ouro roubadas por Ikki de Fênix. No remake, temos o diálogo entre Seiya e Saori – até com uma certa profundidade e dilemas abordados de forma madura – porém, a devoção do garoto desde o início não soa natural e gradual como na obra original.

8- Ikki vs. Cavaleiros de Prata

Sendo dois ou três adversários, Ikki não se intimida

No remake a cena tem vários fan-services. Ikki chegando para salvar Atena e Seiya; o famoso risco no chão, ameaçando quem cruzar a linha e até mesmo o Golpe Fantasma de Fênix. Mas, na nova produção da Netflix, Capella de Auriga ficou de fora da briga. Um bom motivo para isso é a já citada técnica alucinógena do cavaleiro de Fênix, que no mangá decapitou os braços do adversário com as suas próprias armas (uma espécie de disco bumerangue, parecida com o escudo do Capitão América). Mas vale ressaltar que Ikki caminhando sem cabeça foi corajosamente retratado, apesar de ser uma adaptação mais infantilizada da obra.

9- Luta relâmpago de Shiryu e Argol

Queríamos ter visto uma luta mais elaborada entre Shiryu e Argol de Perseu

Apesar do confronto entre Shiryu e Argol de Perseu ter sido adaptado, mostrando o Dragão furando os próprios olhos para vencer a luta (corajoso mais uma vez), ela foi rápida demais. Tirando esse embate e os listados aqui envolvendo Ikki, não tivemos lutas individuais para valorizar outros personagens a não ser Pégaso. Poxa Bandai! Assim vocês só vão vender bonequinho do Seiya.

10- Seiya vs Aiolia

Aiolos continua a exercer a sua influência de irmão mais velho mesmo depois de morto

Convenhamos, depois de ficar lutando por dias, nossos heróis mereciam o devido descanso e cuidados médicos, não é mesmo? A Netflix achou que seria mais ameno colocar os bronze boys para tirar um cochilo e estaria tudo bem depois (Shiryu, por exemplo, tira uma pestana e depois já tira a venda dos olhos). No mangá, Shiryu volta para os Cinco Picos Antigos da China para se tratar com uns remédios do local e Seiya está no hospital (com um pijama horrível). É lá que ele é atacado por Shina, e, posteriormente, por Aiolia de Leão e os cavaleiros de Prata de Cão Maior, Hércules e Mosca. No novo anime não temos esses últimos adversários, apenas o duelo entre o cavaleiro de Pégaso contra o de Leão em uma pedreira, estilo Tokusatsu da Toei (Kamen Rider, Jaspion, Jiban…). A parte em que Shina se sacrifica por Seiya, sem a famosa declaração não tem peso nenhum, principalmente sem o lance da máscara – as amazonas não podem ser vistas sem o artefato, caso alguém as veja, ou ela deve matá-lo ou amá-lo. Como aqui ela nem usa o rosto coberto, faria menos sentindo ainda. Fora que ela e o Seiya não tiveram grandes interações na série para criar aquele “climão”.

11- Episódios 11 e 12

Os Bronze Boys precisam ser salvos por Tatsumi na nova série: prova de que tem algo muito errado aí

A partir dos dois últimos episódios não temos mais nada da história original. Guraad; os Cavaleiros-Bombados-Negros; a máquina coletora de Cosmo; a batalha no Quartel General e a luta final contra o vilão usando uma armadura gigante high-tech foi tudo invenção para agradar alguém que não sabemos até agora quem é.  Ah… a flecha dourada que atinge o peito da Saori existe no mangá, mas ela não vem voando de um buraco negro criado a partir do nada, como vimos na nova série. 

Bom, se você assistiu a segunda parte do remake dos Cavaleiros do Zodíaco e ficou decepcionado como a nossa crítica, mas ao ler esta lista ficou empolgado como a história é conduzida no mangá, a Vigília recomenda a leitura.

E você, o que achou de tudo isso?

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