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Arranha-céu: Coragem Sem Limites e vertigens no cinema | Crítica

Prontos para mais um filme de herói americano estrelando Dwayne “The Rock” Johnson? Depois de Jumanji: Bem-Vindos à Selva e Rampage: Destruição Total, chegou a vez de Arranha-Céu: Coragem sem Limites, dirigido por Rawson Marshall Thurber (A Mentira, 2010) invadir os cinemas brasileiros (a partir do dia 12 de julho) e deixar o público com frio na barriga.

Como é de se esperar, o roteiro inteiro gira em torno de um arranha-céu. Porém, o maior arranha-céu do mundo, no centro de Hong Kong. Completamente automatizado e tecnológico, porém, sem nenhum igual para conseguir a aprovação do seguro sem um especialista em segurança. É aí que o nosso herói aparece: Will Sawyer (Dwayne “The Rock” Johnson), ex-fuzileiro naval, ex-FBI e agora, especialista em segurança.

Já seguindo o modelo do filme do herói americano, Will se encontra no meio de um golpe que tem tudo para acusar ele como culpado e ao mesmo tempo, precisa salvar sua família do prédio em chamas que está desabando. Isso garante várias cenas de ação que realmente são de tirar o fôlego.

 

Para quem vai assistir o filme, é importante não tentar conectar ele diretamente com a realidade. Há várias coisas que não fazem sentido, a maior e mais importante delas sendo o protagonista em si. Sem spoilers, porém, Sawyer tem uma deficiência e The Rock não, o que deixa a interpretação um pouco falha. E também fica a pergunta: se queriam retratar uma pessoa deficiente que consegue “fazer tudo”, por que não colocaram um atleta olímpico no elenco? Isso daria espaço para a comunidade e mostraria que sim, pessoas com deficiência são independentes e podem ser os heróis também (ok, sabemos que não teria o apelo comercial de um The Rock).

Pessoas com medo de altura: pensem bem antes de assistir Arranha-Céu: Coragem sem Limites. O filme, ainda mais em 3D, consegue causar vertigem com as imagens das beiradas dos prédios, gruas e janelas. A todo momento você sente que alguém vai cair, aquele frio na barriga e aquela agonia. Porém esses efeitos contribuem bastante para deixar o filme melhor.

Fechar os olhos por vertigem no cinema? Pode sim.

Quando a crítica de Tudo que Quero saiu, comentei que há atores que só conseguem ser eles mesmos. E um deles era Dwayne “The Rock” Johnson. A atuação do ator é a mesma de muitos outros filmes que ele fez no mesmo estilo: o policial dedicado a salvar o mundo e sua família, dando o melhor de si e com um pouco de alívio cômico. Me pergunto se The Rock sai do personagem e monta um novo quando começa outro filme ou se segue com a mesma base sempre.

Tensão romântica sempre deixa filmes de ação ainda mais engraçados.

O filme entrega o que promete: aventura, explosões, cenas de luta e bastante non-sense. É uma produção bem pipoca, sem profundidade porém feita para entreter o público. O tipo exato de longa para quem curte esse estilo e quer assistir algo divertido no final de semana.

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