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Ao Cair da Noite | Crítica

E 2017 parece um bom ano para o cinema de terror e suspense. Depois do ótimo Corra! (Get Out!), agora teremos no dia 22 de junho a estreia de Ao Cair da Noite. Assinado pelo diretor nova safra Trey Edward Schults, o longa é uma história sufocante, que não recorre à feitos extraordinários para manter o espectador grudado na cadeira. Na pegada do menos é mais, ele mostra que a criatividade, a edição e o elenco podem pular o arco dos grandes efeitos especiais e também assim fazer um produto especial. Ao Cair da Noite pode ser algo próximo do que A Bruxa (2015) foi, dividindo críticas para algo muito bom ou seu inverso. Eu prefiro optar pelo meio termo. É um bom filme, mas muita gente vai sair do cinema dizendo “bateu na trave”.

Em Ao Cair da Noite não temos certeza de nada. Sequer sabemos onde tudo está se passando. A imaginação nos joga para onde quer que seja. Paul (Joel Edgerton) mora com a esposa Sarah (Carmen Ejogo) e o filho Travis (Kelvin Harrison Jr.). Em um cenário desolador (pra não usar o clichê pós-apocalíptico), eles precisam sobreviver a um desconhecido contágio. Com poucas provisões e no meio de uma floresta, eles levam uma rotina de isolamento e paranóia. Isso tudo só piora quando eles aceitam abrigar uma nova família que também luta para sobreviver. Will (Christopher Abbott), sua esposa Kim (Riley Keough) e o pequeno Andrew (Griffin Robert Faulkner) então passam a fazer parte da propriedade. Tudo parece ir bem, mas, como sabemos, nada permanece bom em filmes de terror.

Mesclando pesadelos, acontecimentos sem (muita) explicação e a tensão entre os personagens, tudo que queremos é respostas. Levando em consideração contextos de isolamento e luta pela sobrevivência tudo parece piorar a situação de todos os personagens. E isso tudo vai nos afundando na trama. A curiosidade vai aumentando a cada fato. A razão e a emoção se confundem cada vez mais, até que tudo acaba saindo do controle da pior forma. A imprevisibilidade prevalece até o final. É o momento em que você ama, ou exclama.

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