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A vida em si: dor e lágrimas | Crítica

Quero começar dizendo que antes de assistir “A Vida em Si” não existia nas minhas listas um filme de drama que, se alguém me perguntasse, “preciso de um filme para chorar, o que tu indica?”, eu saberia o que recomendar. Porém, agora sim, caros amigos. Como todo mundo já deve saber – quem acompanha a Vigília no Instagram sabe -, não pago imposto para chorar no cinema. Menos de 15 minutos em “A Vida em Si” e já rolavam lágrimas. Esse é o nível.

“A Vida em Si” é dirigida por ninguém menos que Dan Fogelman, que também é responsável pelos roteiros e direção da série This is Us. Dan conseguiu trazer bem o seu estilo de sucesso para o longa, que estreia nos cinemas de todo o país no dia 6 de dezembro.

Quando você acha que está pronto… mas não está.

Acompanhamos diversas histórias sendo apresentadas ao mesmo tempo em “A Vida em Si”. O filme tem a melhor abertura que já vi em toda a vida. Não vou dar spoilers, mas grande parte do filme se desenvolve ao redor do conceito de narrador não-confiável, o que deixa a história ainda mais envolvente. Começamos entendendo um pouco sobre a vida de Will (Oscar Isaac, de Star Wars: Os Últimos Jedi) e Abby (Olivia Wilde) e tudo o que aconteceu com eles. Então somos apresentados à família Gonzales e assim as histórias vão se conectando de uma maneira única, aliando passagens de tempo e flashbacks.

O que normalmente é um problema – a quantidade de personagens e seu desenvolvimento – consegue ser muito bem abordado em “A Vida em Si”. Os personagens tem um início, um meio e um fim. Acho que os únicos dois personagens que ficam mais perdidos são os pais de Will, mas eles nem aparecem muito.

A gente veio aqui pra SOFRER, FOI?

Uma dica importante: se for possível, assistam o filme com áudio original. Metade dele é em inglês e a outra metade em espanhol. Por que isso é tão importante? É muito interessante ver como a diferença de linguagem faz com que as pessoas se expressem de uma maneira diferente, de acordo com o lugar de onde elas vem. E não é um daqueles momentos que a pessoa viveu a vida toda em Andaluzia, na Espanha, e quando começa a falar inglês não tem um resquício de sotaque. Inclusive o último diálogo do filme – que vai arrancar ainda mais lágrimas de vocês – mostra essa transformação linguística muito bem.

Se você ainda não se convenceu a assistir “A Vida em Si”, saca só esse elenco: Annette Bening (que vai estar em Capitã Marvel), Mandy Patinkin, Olivia Cooke, Antonio Banderas e, acreditem, Samuel L. Jackson! E mais: a trilha sonora é toda inspirada em Bob Dylan.

A Vigília Recomenda!

AVISO IMPORTANTE: esse filme tem uma cena até que bem explícita de um suicídio. Fica aqui o aviso para a galera que não se sente bem vendo esse tipo de conteúdo (é logo no começo, dá pra passar e seguir assistindo o filme numa boa, mas ela é bem inesperada, então não tem nem como se preparar para o que acontece).

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