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A son of a man: a remasterização do conto do El Dorado | Crítica

Um bode, um papagaio e uma lhama. Parece o começo de uma piada ruim, mas, na realidade, é assim que somos apresentados a “A son of a man: La maldición del tesoro de Atahualpa”, um tipo de remasterização do antigo conto do El Dorado. O filme equatoriano dirigido por Jamaicanoproblem estreou na mostra competitiva do 47º Festival de Cinema de Gramado.

Pipe, um jovem americano, vem ao Equador reencontrar seu pai, que ele não via há 14 anos e 39 dias. O que poderia ser um filme sobre reencontros familiares começa a destoar desse preceito logo no primeiro momento. Luis Felipe Fernández-Salvador y Campodónico, pai de Pipe, é um homem excêntrico e que foi cegado pela vontade de encontrar o tesouro perdido de Atahualpa.

O longa apresentada uma nova visão sobre a conhecida lenda do El Dorado: colonizadores que procuram um tesouro nativo, maior do que qualquer outro já encontrado, mas que está perdido na floresta. “A Son of a Man” traz uma crítica social bem forte nessa área, mostrando os colonizadores usando do povo nativo e os considerando “selvagens”.

Cenários incríveis e planos bem construídos

Como grande parte do filme se passa nesse tipo de “expedição”, as cenas feitas na floresta Amazônica não deixam a desejar. Cortes amplos e com profundidade deixam as imagens que seriam paradas, muito mais dinâmicas. A floresta também não parece repetitiva, o que poderia ser um problema. A progressão da expedição acontece e a vegetação ao redor dos personagens muda também.

Jamaicanoproblem traz diversos pontos que fazem a audiência pensar. “A Son of a Man” teve mais de 500 horas de captura de imagem e mais de 1500 pessoas trabalhando em sua produção, que durou anos. Nos festivais de cinema internacionais, “A Son of a Man” entra tanto como longa metragem quanto como documentário.

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