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Círculo de fogo: A Revolta | Crítica

Chegando como uma promessa aos amantes de ficção científica, Círculo de fogo: A Revolta não deixa a desejar nos monstros gigantes, tiros, ação e todos os robôs possíveis. Dessa vez, acompanhamos o filho do comandante Stacker Pentecost (Idris Elba) em um mundo pós-apocalíptico e 10 anos depois da guerra contra os Kaijus.

Dirigido por Steven S. DeKnight e com produção de Guillermo del Toro, Círculo de Fogo: A Revolta colocou John Boyega no papel de protagonista, legado deixado por Idris Elba no primeiro filme. Boyega consegue ocupar o lugar muito bem, sendo convincente e tornando fácil para o público se identificar com ele. A ideia do storyline é bem batida, a criação do herói, desde quando ele está perdido até se tornar, realmente, o salvador de tudo. Conhecemos essa receita há muito tempo, mas ela continua funcionando.

O caminho do herói. Um clássico.

Para os amantes de robôs gigantes, os Jeagers voltam com ainda mais força. Além dos Jeagers oficiais, é possível ver diversas aparições de “Jeagers rebeldes”, que são feitos fora das áreas militares. Esses momentos trazem uma reflexão social interessante para o público: logo no primeiro diálogo, Jake (John Boyega) fala que a vida mudou, as pessoas mudaram, tudo o que você tem pode ser roubado e que é melhor morar em uma mansão acabada do que em um apartamento ruim. Então, através desses momentos é quebrada a ideia de que quando a guerra acaba, tudo fica bem. O filme retrata a pobreza e os estragos que não foram restaurados depois de uma década, e como isso afeta o povo.

Infelizmente, chega um momento no filme em que tudo parece um grande episódio de Power Rangers. Você acha que terminou, vem um raio do espaço e o monstro restaura toda a vida. Então você vê que terminou de novo, e um super robô maior ainda surge. Nessas reviravoltas, chega um momento que o público cansa. Círculo de Fogo: A Revolta leva esse recurso à exaustão.

Mais robôs? Sim, mais robôs.

Outro ponto que deixou a desejar foi que nesse filme não vemos muito da preparação dos cadetes e a vida no programa, como foi visto no primeiro filme da franquia. Não acho que deveria ser um padrão, mas é legal mostrar como os pilotos de Jaeger são treinados. Aproveitando isso, o longa apresenta uma questão pertinente ao público: por que Jaegers precisam de pilotos? Usando esse gancho, são abordados grande parte dos prós e contras que existem na automatização de uma tecnologia.

O filme é leve e legal para assistir com a família, só que pode ser uma experiência mais legal se você assistir o primeiro antes, para refrescar a memória. O filme entrega o que promete: ação, robôs e lutas incríveis.

 

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