Traição e vingança em “O Último Duelo”, novo épico de Ridley Scott
O Último Duelo é uma história sobre traição e vingança. Um drama épico estilo “capa e espada”, dirigido pelo vencedor do Oscar Ridley Scott (Gladiador), baseado em eventos históricos na França no século 14 e no livro homônimo escrito por Eric Jager. Com um drama denso e um elenco consagrado, o longa chega aos cinemas brasileiros no próximo dia 14 de outubro. E estreia com ares e potencial para figurar entre as grandes premiações do cinema no ano.
O filme começa mostrando os protagonistas Jean de Carrouges (Matt Damon) e Jacques Le Gris (Adam Driver) na preparação para o duelo final, alardeado já em seu título. Frente a frente e sob os olhares da realeza. A partir disso, a história se divide em contar três pontos de vista diferentes dos personagens, que antes celebravam uma expressiva amizade. O primeiro capítulo conta “a verdade” na perspectiva de Carrouges (Damon). Nela, entendemos como essa grande amizade, pouco a pouco foi se tornando uma rivalidade feroz.
Quando a esposa de Carrouges, Marguerite (a excelente Jodie Comer, que vimos recentemente em Free Guy – Assumindo o Controle) é violentamente atacada por Le Gris – uma acusação que ele nega – ela se recusa a ficar em silêncio, avançando para acusar seu agressor, um ato de bravura e desafio que coloca sua vida em perigo em uma sociedade que sequer imagina dar créditos às mulheres.
O capítulo dois, ou segundo ato, conta então a verdade sob a ótica de Le Gris (Driver). Nela, a relação de amizade construída tem uma perspectiva diferente, principalmente com a relação do guerreiro com seu Conde Pierre D’Alençon (Ben Affleck), que odeia Carrouges. Assim, entendemos um pouco melhor a história sobre outro olhar, o de um apaixonado, disposto a trair seu amigo por uma paixão, onde o ponto de encontro novamente é a violência cometida por ele contra a esposa do seu ex-amigo.
Por último temos a narrativa de Marguerite. Ela mostra um marido não tão atencioso. Uma possível paixão proibida e como uma sociedade era tão desprezível para as mulheres. Sua saga de força e coragem, lutando pela verdade, se mistura a de Courrage que decide duelar por sua honra até a morte contra Le Gris.
É no terceiro ato que temos o desfecho do julgamento por combate. É onde Ridley Scott, assim como fez em Gladiador, nos apresenta um duelo extenuante (e até a morte), novamente colocando o destino dos protagonistas nas mãos de Deus. Com todos seus ingredientes e um combo “fadado” ao sucesso já conquistado pelo diretor no comparativo com o seu épico protagonizado Russel Crowe no ano 2000, Scott mostra que ainda sabe fazer um novo clássico. A corrida pelo Oscar já começa a se desenhar.
A Vigília Recomenda!