O que podemos aprender com Thor: Amor e Trovão

Thor: Amor e Trovão (Thor: Love and Thunder) chegou tão forte quanto o próprio Thor em Wakanda. O filme alcançou a marca de terceira melhor estreia do ano nos Estados Unidos e aqui no Brasil levou mais de um milhão de pessoas às salas de cinema em seus primeiros dias. Mas, como todo bom filme, ele não é só um blockbuster divertido da Marvel Studios. Ele, na verdade, traz vários ensinamentos para nossas vidas. 

Reunimos alguns deles na lista abaixo. Confira!

1- O Amor é livre

Começamos pelo que talvez seja o mais importante ensinamento de Thor: Amor e Trovão para a humanidade atualmente. Afinal, precisamos bater nessa tecla o tempo todo, principalmente aqui no Brasil. Para alguns é difícil entender, mas … o amor é livre, e o amor não aceita preconceito. No filme, vemos este ensinamento nas ações da Valquíria (Tessa Thompson) e Korg (o alienígena vivido por Taika Waititi).

Valquíria chega a deixar Thor desconcertado ao dizer que ela também é “Time Jane”, o que no final das contas, fez com que ele valorizasse ainda mais a relação que tinha perdido e que queria restabelecer. Ao mesmo tempo, Valquíria lamenta suas relações anteriores, e joga aquele charme para as “assistentes” de Zeus (Russell Crowe). E ainda temos Korg, bem mais romântico que a guerreira beberrona, que encontrou o amor de sua vida, em outra piada flagrante, ao encontrar Dwayne, a rocha (The Rock, pegou essa?), com o qual entrou na lava para conceber bebês-korgs. O amor é livre e não vê gênero, raça ou multiverso.

2- O amor requer diálogo

Essa é uma regra básica, mas que muitos parecem esquecer. O diálogo é o pilar para toda relação, e no amor, isso é ainda mais importante. Thor (Chris Hemsworth) e Jane (Natalie Portman) começaram a criar muros entre eles mesmos, deixando o clima ruim e a relação bem estremecida. No final das contas, a falta de diálogo só os afastou e nenhum deles considerou que o pior a fazer era esconder suas “carreiras” com o fim de proteger um ao outro. Embora quisessem o melhor para o próximo, a falta de comunicação os afastou de vez.  

3- O amor entre pais e filhos é visceral

A cena de abertura é bem impactante, com Gorr (Christian Bale) perdendo sua filha. E isso fica ainda mais evidente para quem é pai ou mãe. A relação pais e filhos é única e difícil de se resumir em rápidas palavras. A sua importância fica flagrante nas atitudes de Gorr, que vira um vilão com uma motivação fácil de se compreender, mas também é vista com Axl/Astrid, filho de Heimdall (Idris Elba), e, ao final, entre Thor e sua nova “companheira”. Spoiler da vida: a atriz que faz a filha de Gorr é India Rose Hemsworth, filha de Chris Hemsworth. 

4- É importante se conhecer, mas sem soterrar o passado

Thor busca autoconhecimento o tempo todo, mas isso não parece funcionar. É um processo difícil conhecer a si próprio. E mesmo achando que se conhecia perfeitamente, ele não se deu conta de uma coisa simples, mas muito importante, que vem no tópico a seguir, mas que está ligado intimamente a uma decisão ruim do passado.

5- Passe “mal” por alguém

O buraco existencial dentro de Thor é completamente entendido por todos. Ele perdeu o pai, perdeu a mãe, perdeu parte de seu povo, e perdeu o irmão. Enfim… ele perdeu tudo. E quando isso acontece, realmente fica difícil continuar. E foi na fala do Senhor das Estrelas (Chris Pratt) que Thor parece finalmente cair na real. O luto e a perda de alguém precisam ser sentidos, sob a pena de nos tornarmos “zumbis existenciais”. O Senhor das Estrelas perdeu seu maior amor (Gamora), mas essa perda também lhe fez valorizar as amizades e a família (que lhe restou) e que está sempre ao seu lado. Quando Thor reencontra Jane, ele finalmente revela: “Quero passar mal por você”. A cena ficou divertida, e cheia de significados.

6- Você pode seguir em frente, mesmo sem ser correspondido

Aqui estamos falando do divertido “triângulo amoroso” entre Thor x Mjolnir x Rompe-Tormentas. Ver Jane Foster, a ex-namorada empunhando com muita dignidade o ex-martelo, foi muito difícil para Thor (e quem já não passou por algo parecido, não é mesmo? Mas com pessoas, não com martelos…). E isso, como dizem os jovens, alugou um verdadeiro apartamento dentro da cabeça do nosso Deus do Trovão. Quando Thor tentava se reaproximar “do ex”, o “atual” Rompe-tormentas aparecia prontamente (e de forma até ameaçadora, risos) ao seu lado. E para resolver tudo, Thor precisou finalmente seguir em frente, para, ao final, ser recompensado.

7- A conexão nem sempre é necessária

Desta vez estamos falando de Thor: Amor e Trovão e sua falta de conexão com o MCU. Como sabemos, às vezes é necessária uma verdadeira bula para conferir um filme da Marvel Studios, mas aqui, a simplicidade falou mais alto e a aventura é fácil de acompanhar, mesmo para quem chegou agora no Universo Cinemático da Marvel. Mas, pra agradar a todos, temos boas surpresas para o futuro e as próximas fases. 

Ok, precisamos admitir que essa dica só é um aprendizado no contexto dos cinéfilos.

8- Não deposite sua vida inteira em uma só pessoa

Neste caso, em específico, falamos de Gorr, o carniceiro dos deuses. À beira da morte, junto de sua filha, seu único recurso era orar para o deus Rapu. De forma trágica, ele até encontrou ‘seu deus’, mas ele não lhe deu ouvidos. E toda sua esperança que estava em um ser que lhe desprezou custou a vida de quem ele mais amava. Tenha sempre mais de um plano!

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