O Hóspede Americano é uma superprodução brasileira
Marechal Candido Rondon não deve ser uma figura desconhecida para você. Se não sabe exatamente o que ele fez ou porque ele é notório na história brasileira, você deve ter certeza que já escutou esse nome. Theodore Roosevelt deve habitar o seu imaginário também. É contando a história desses dois personagens que foi construído o enredo de O Hóspede Americano, nova minissérie da HBO Max.
Com episódios chegando semanalmente, aos domingos, no serviço de streaming da HBO, os espectadores podem conferir quatro capítulos intensos de uma expedição tensa. A história se passa no início do século 20, quando uma equipe vai embarcar em uma viagem perigosa e cheia de percalços para conseguir documentar o Rio da Dúvida.
Do diretor Bruno Barreto, O Hóspede Americano é protagonizado por Chico Diaz, como Marechal Rondon, e Aidan Quinn, como Roosevelt. Diaz entrega, mais uma vez uma excelente atuação, assim como Quinn e todo elenco.
Uma estranheza que O Hóspede Americano pode trazer é se passar praticamente todo em inglês. Algo que ninguém espera numa série brasileira. Rondon é o único da equipe que fala inglês e se comunica com Roosevelt, que centraliza a trama. Mas isso não diminui em nada a superprodução que é a série e é uma estratégia para seduzir o público de 240 países que podem assistir a produção.
Como se espera em uma série da HBO, a qualidade é cinematográfica, os atores são excelentes, o figurino retrata com precisão a época e a fotografia é digna de produções de Hollywood. Pode ser assistido em capítulos ou como um super filme de quase quatro horas, como Bruno Barreto sugeriu na coletiva de imprensa do filme.
A série é uma chance de mostrar uma parte da construção do Brasil e até mesmo dos Estados Unidos para quem não conhece ou viu apenas nos livros de história da escola.
O Hóspede Americano é mais um acerto da HBO em relação à produção. Atuações, produção, imagens e trilha sonora de alta qualidade. É a série perfeita para quem gosta de histórias de expedições.