Masterchef: comida judaica, harmonização e desespero
Culinária judaica. Foi assim que começamos o episódio de Masterchef Profissionais no dia 6 de novembro. A caixa misteriosa chegou repleta de ingredientes que deixaram um grande ponto de interrogação no rosto dos participantes.
Mas nem tudo estava perdido, o Chef Benny Novak chegou com um buffet e com as referências e dicas que os competidores adoraram. O chef lembrou também a regra antiga judaica de que não se mistura a carne com o leite, pela tradição, então seria bom respeitar. Durante toda prova, os participantes não pareciam confiantes com os pratos que estavam fazendo. Mudavam de ideia, titubeavam quando eram questionados e ficamos sem entender o que a maioria iria entregar.
André teve o seu momento para surpreender o chef convidado e os jurados quando resolveu girar umas cenouras na faca e fez um trabalho muito bonito.
Adriana acertou no prato, tanto na beleza quanto na apresentação e chegou a se emocionar. Rafael, que estava bem confiante, fez duas cumbucas de comida separadas, que não pareciam fazer muito sentido juntas, mas que ficaram saborosas, segundo os jurados, e foram muito elogiadas por todos. Heaven fez um ravioli com cebola caramelizada que parecia muito gostoso, inclusive, segundo o chef Novak, era o mais próximo do que foi apresentado na mesa. Porém, Jacquin fez um adendo ao recheio de batata para um ravioli, mas no final, o sabor foi elogiado.
André esqueceu de colocar a pele do frango que ele havia preparado, e que estava muito bonita, segundo Jacquin. Mas o prato foi classificado como diferente. Infelizmente, fugiu um pouco do tema. Daniel quis se desafiar e fez um prato sem carne, só com a pele do frango. Os chefs e o convidado elogiaram muito e disseram que ele chegou muito perto do sabor, além de ter entendido a essência do que foi pedido. Willian escutou do próprio Fogaça que o prato ficou grosseiro demais. “Olha eu falando isso”, disse o chef. “Essa comida é muito engraçada”, disse Jacquin, que elogiou o prato.
Manoela antecipou o Natal e tacou uva passa na carne. Escutou do convidado “é, parabéns pela ousadia”. Isso não pareceu muito animador. Deslizou um pouco, mas acertou em outros pontos. Por incrível que pareça, todos foram elogiados, deixando o convidado muito satisfeito.
O destaque dessa prova do Masterchef Profissionais foi Daniel, que estava precisando mesmo ganhar alguma prova para pegar confiança. André e Manoela, que tentaram inovar, levaram a pior.
Eliminação com harmonização
Quem foi para prova de eliminação precisou harmonizar os pratos com três espumantes brasileiros. Ou seja, além pro prato ser excelente, ele precisava casar com o espumante que o participante ganhou para utilizar, uma escolha feita por Daniel, que ficou de fora da degustação e da prova de eliminação.
Adriana estava bem desesperada. Ela não sabia como abrir um espumante, quis pedir ajuda, mas os jurados fizeram a vegana criar coragem e fazer o que tinha que ser feito. Mas não parou por aí. Era possível até escutar a respiração ofegante dela enquanto ela terminava de fazer o prato, batendo boca até com Paola.
Na contagem final, Rafael chegou a abrir o espumante e comemorar. Mas nem tudo começou bem. Willian tentou tacar alguma coisa nojenta da cabeça do camarão (o cérebro?), mas Paola pediu para ele parar. Jacquin inclusive disse que estava na hora de parar de brincar um pouco. A chef implicou com os aspargos que ele colocou no prato, dizendo que era bem difícil de harmonizar. Ninguém gostou do prato. Mas nem tudo estava perdido, Adriana entregou um prato ainda pior. Ela fez uma salada com vinagrete, bolinho de arroz e uma espécie de maionese de inhame, tudo junto e misturado. Do prato, que não dava nenhuma vontade de comer, só se salvava o mel vegano, o resto, segundo a própria Paola, estava tudo errado.
Rafael foi levar os pratos para os jurados, mas antes mostrou para André, levando uma pequena mijada de Jacquin. O prato era cheio de informações, o que incomodou os chefs. As ovas, utilizadas pelo competidor, não agradaram. André levou um prato cheio de técnicas e sabores, mas, segundo Jacquin, pecou em deixar a pele da uva e usar pão. No geral, no entanto, acertou no prato, levando elogios de Fogaça e do próprio Jacquin.
Por fim, ficaram Manoela e Heaven. Manoela começou toda atrapalhada. Ela não sabia se colocava a espuma na bancada, e na frente dos jurados, acabou se embananando e levando uma mijada de Paola. A tábua de doces de queijos não surpreendeu, e ela escutou de Paola: “Você não é essa pessoa”, falando do prato que ela apresentou. “A gente esperava muito mais”, disse Jacquin, deixando a menina às lágrimas. Heaven foi a última, apostou mais uma vez no tarte tartin, apresentando um trabalho belíssimo, uma sobremesa de pera, mascarpone, tomilho, nozes, que deixou com água na boca e surpreendeu os jurados. “Tem uma palavra que define seu prato. Começa com P e termina com O. Perfeito”, disse Fogaça. “Foi um lindo trabalho”, disse Paola. Jacquin também se rasgou de elogios à participante.
O destaque da prova, como não podia ser diferente, ficou com Heaven. André e Rafa deslizaram e puderam subir ao mezanino. Willian também, mas precisou escutar uma mijada bem dos jurados. Foi comparado ao Ravi, julgado ser um ótimo cozinho, que facilmente poderia ir para a final, mas que teve medo durante toda a competição. “Eu gostava muito do Ravi. Muito mesmo. Eu queria que ele tivesse chegado à final. E eu não quero um segundo Ravi”, disse Jacquin à Willian.
Adriana e Manoela foram as piores do dia. Mas Adriana deslizou mais e realmente não harmonizou. Foi embora pela segunda vez.
Na semana que vem, os participantes vão para o Nordeste e precisam cozinhar um menu típico de Pernambuco, pela primeira vez na história do programa.
Obs.: O eliminado do dia, pelo visto, foi o áudio, que realmente estava muito ruim nesse episódio, com direito à eco e à vozes metálicas.