Mangá Act-Age é cancelado após o roteirista ser preso sob suspeita de “importunação sexual” de menor
No dia 10 de agosto a Shonen Jump postou uma nota em suas redes oficiais anunciando o cancelamento de Act-Age, após o roteirista, Tatsuya Matsuki, ser preso sob suspeita de “importunação sexual” de menor. A nota completa informa o seguinte:
“No dia 8 de agosto, Tatsuya Matsuki, autor de Act-Age, foi preso.
O departamento editorial levou a sério o ocorrido, confirmando os fatos e discutiu com Shiro Usazaki, ilustradora da série. Foi então decidido descontinuar o mangá. O último capítulo será publicado na edição #36-37 da Jump, no dia 11.
O departamento editorial lamenta muito que uma obra com tanto apoio dos leitores termine desta forma. Contudo, assumimos a responsabilidade social da Shonen Jump e encaramos a situação com muita seriedade para tomar essa decisão. Pedimos desculpas por qualquer transtorno.
Estamos todos arrasados, não só o departamento mas também Shiro Usazaki. Vamos apoiá-la e trabalhar para criarmos novas séries no futuro. Sobre os volumes e eventos, vamos discutir com todos os envolvidos, informando assim que possível.
10 de agosto de 2020, Departamento Editorial da Shonen Jump.”
Mensagens de apoio
Após o evento, uma série de artistas e fãs mandaram mensagens de apoio à Shiro Usazaki: Yusuke Murata, ilustrador de One-Punch Man, está retuitando artes dela, para divulgar seu trabalho. Yokoyari Mengo, mangaká na Young Jump, disse esperar que “todas as prioridades sejam ajudar as vítimas a se recuperar e a Shueisha ajudar Usazaki. Deve ser muito difícil…”.
Uma série de fãs também passou a divulgar o trabalho de Usazaki nas redes sociais, como forma de apoiá-la neste momento. O nome da série, o pedido pelo fim da publicação e, posteriormente, o nome de Usazaki chegaram aos Trending Topics do Twitter no final de semana do ocorrido.
O mangá começou a ser publicado na revista em 2018. Essa não foi a primeira vez que um mangaká da Jump foi acusado de crime envolvendo menores de idade. Em 2017, o autor de Samurai X (Rurouni Kenshin) foi preso e condenado por posse de pornografia infantil. Em 2002, o autor de Toriko (ele ainda não publicava essa obra na época) foi preso e condenado por favorecimento da prostituição infantil. Ambos voltaram a trabalhar na editora após os eventos.