Lightyear é nostalgia e representatividade numa aventura intergaláctica
Batalhas intergalácticas, armas laser, viagem no tempo. Começando por estes três elementos, poderia falar sobre qualquer filme de ficção científica. Mas estou falando do filme que fez Andy se apaixonar por um dos personagens mais icônicos da história de Toy Story. Na quinta-feira, dia 16 de junho, a Disney e a Pixar lançam Lightyear e oferecem uma sessão de nostalgia para os pais e novos heróis para as crianças.
No início do filme, somos avisados: foi este filme que Andy teria assistido antes de pedir seu boneco que repetia “AO INFINITO E ALÉM”. E em poucos minutos, você se afeiçoa mais ainda naquele personagem. A animação, exibida dublada para os críticos, dá um doce sabor de infância, é cheia de acontecimentos e diverte, anima e instiga. Ideal para as crianças mais crescidinhas, por volta dos seus 6 ou 7 anos, como o protagonista de Toy Story, vemos a jornada de Buzz na missão mais importante de sua vida.
Contudo, Buzz é apenas um dos personagens do longa. Comandante Hawthorne é o grande destaque da trama. Uma mulher negra e lésbica que está à frente de uma missão de grandes proporções. Enquanto lidera uma equipe e precisa estabelecer um funcionamento de uma nova cidade em outro planeta, ela ainda constrói uma família ao lado de sua companheira, com quem protagonizou o primeiro beijo gay da história da Pixar. Representativa pura. Mais uma vez, vamos mostrar para as nossas meninas que elas podem ser exatamente aquilo que quiserem. Astronautas, comandantes, pilotas. Ícones da história, assim como a comandante Hawthorne.
Assistir ao filme dublado foi uma experiência interessante. Alguns críticos torceram o nariz, mas achei uma forma de me conectar com o público-alvo. Sim, caro leitor ou cara leitora, apesar do fator nostalgia, Lightyear claramente foi feito para os pequenos fãs. Muito provavelmente influenciados pelos pais, eles vão gostar da aventura colorida, barulhenta e cheia de acontecimentos. Mas você vai estranhar. Afinal, a troca de dubladores do Buzz vai incomodar apenas os adultos. Guilherme Briggs pode ter feito falta no bordão, mas Marcos Mion vai bem e não insere seu dialeto próprio (por sorte, não temos que lidar com “aventurola”, “navezola”, nem nada assim).
Lightyear me soou como a porta de entrada para aventuras mais icônicas. Eu, no auge dos meus quase 30 anos, saí com vontade de comprar tudo na temática espaço. Imagino que as crianças vão sair com vontade de conhecer mais e é a hora perfeita de introduzir Star Wars, Jornada nas Estrelas e tudo isso que passa no espaço e a gente ama.
Lightyear tem a qualidade Disney e Pixar e aquele fator nostalgia que gostamos tanto. É um bom filme, que vai arrebatar o coração das crianças e vai rodar muitas e muitas vezes na sua televisão quando chegar no Disney+. E prepare-se para querer comprar um gatinho robozinho fofíssimo chamado Sox.