La Casa de Papel: última temporada volta sangrenta como nunca
La Casa de Papel, a série que nos conta as aventuras do bando de ladrões coordenados por Professor, chega ao seu ano decisivo. Desde sua primeira temporada, as tramas sempre tiveram seus pontos fortes em inícios e conclusões, mas se perdendo um pouco no “miolo”. Com essa dinâmica quebrada pela divisão da última temporada em duas etapas de 5 episódios, a Netflix e os criadroes da saga entregaram um primeiro arco caprichado e absolutamente impactante.
Começamos exatamente de onde paramos na quarta temporada, e, de antemão, aviso aqui que o texto contém spoilers.
Lisboa (Itziar Ituño) acaba de entrar no banco em mais um dos atos grandiosos do Professor (Álvaro Morte) de enganar a multidão. Mas Alicia Sierra encontra o esconderijo e o toma como refém, com uma arma apontada direto para sua cabeça.
Sem seu anjo da guarda, o grupo fica sem um cérebro pensante comandando a operação, e como ja vimos em outras ocasiões, o caos reina. O grupo sem seu líder é basicamente um bande de loucos, o que nos traz as cenas mais sangrentas de todas as temporadas. Desde lança-chamas até Brownings em cima de empilhadeiras, com direito a grupos de elite do exército. A série transforma o banco em um campo de guerra, e temos batalhas em proporções que não vistas ainda em todos esses anos.
Sem expectativas da próxima grande jogada de Professor, o caos que um assalto desse nível pode se tornar é instaurado na tela. O resultado é um dos episódios mais tensos de todas as temporadas. Destaco aqui “Seu Lugar no Céu” (5×04), que eu particularmente assisti prendendo a respiração.
O fato de termos cenas de ação em praticamente em todos os episódios, nos rende tomadas mirabolantes com fotografias de tirar o fôlego, ao mesmo tempo em que somos jogados no meio de tiroteios dignos de uma guerra de grandes proporções.
Mas a série não é só drama e tensão. Temos também a aparição de personagens muito queridos pelo público, e o desenvolvimento um pouco maior de suas histórias pregressas.
Vemos a relação de Berlim (Pedro Alonso) com seu filho (isso mesmo, filho), e em como ele se transforma em um assaltante. Temos Moscou (Paco Tous) aparecendo novamente, mostrando seu lado humano, preocupado com Manila (Belen Cuesta). Temos a história de Tóquio (Úrsula Corberó) com seu antigo namorado, e como isso a levou até Professor, e claro, Nairóbi (Alba Flores), a dona do Matriarcado, também faz uma pequena (e sempre aguardada) aparição.
Com uma reviravolta que de certa forma já era esperada, temos um parto no meio de todo esse caos instaurado, e possivelmente, Alicia Sierra se tornará mais uma integrante do bando, visto que agora, Professor foi o responsável por dar a luz a sua filha. E você pode usar os comentários desse post para se unir ao nosso coro de reclamações em função desse plot-twist.
Os cinco episódios nos deixam com gosto de quero mais, e com a esplendorosa (se é que podemos falar assim) morte de um membro importante no último capitulo (quero deixar aqui o registro: de forma épica, a cena mostra que mesmo no leito de morte, é possível realizar atos grandiosos pelos seus amigos), e, mais que isso, nos deixar novamente uma pergunta latente em nossas mentes – Como é que os nossos amados assaltantes vestidos em vermelho sairão do banco ??? – pois até o momento, não conseguimos vislumbrar um cenário feliz, como foi na saída da Casa da Moeda.