Brasil faz bonito quem Cannes (de novo!)
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Novamente o Brasil fez bonito em Cannes. E, mesmo sob profundos cortes em leis de incentivo e uma quase perseguição à classe artística no País, mostrou que o cinema feito aqui é reconhecido (e até mais) nos grandes e mais prestigiados festivais do mundo. Os filmes “A Vida Invisível de Eurídice Gusmão”, “Bacurau” e “The Ligthhouse” (que conta com produção brasileira) estão entre os destaques.
Vamos começar pela vitória. O longa “A Vida Invisível de Eurídice Gusmão”, o sétimo longa-metragem do cineasta Karim Aïnouz venceu a mostra ‘Un Certain Regard’ (Um Certo Olhar), a maior competição paralela à oficial. Essa foi a mesma divisão onde Aïnouz lançou em 2002 o longa “Madame Satã”, o primeiro de sua carreira.
Já “Bacurau”, de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles empatou com o francês “Les Miserables”, ganhou o prêmio do Júri do Festival de Cannes, o terceiro mais importante do evento. Em 2016, Kleber Mendonça Filho também concorreu em Cannes com Aquarius, longa onde Dornelles foi seu diretor de arte. O grande prêmio do evento, a Palma de Ouro, ficou com o filme coreano Parasita, do diretor Boong Joon-ho.
Por fim, o filme “The Lighthouse”, produção da RT Features, de Rodrigo Teixeira (responsável em 2018 por “Me Chame pelo Seu Nome”), venceu como Melhor Filme da Quinzena dos Realizadores do Festival de Cannes. A produção é dividida com a New Regency e a A24. O longa assinado por Robert Eggers tem Willem Dafoe e Robert Patinson (recentemente cotado para viver o novo Batman dos cinemas). Robert Eggers foi o responsável pelo aclamado “A Bruxa”, de 2015.
A Vida Invisível de Eurídice Gusmão (foto capa)
Definido por Karim Aïnouz, o longa é um melodrama tropical. A obra traz nos papéis principais duas jovens estreantes no cinema. Tanto Carol Duarte, reconhecida por seu trabalho na TV aberta, como Julia Stockler, experiente atriz de teatro, foram escolhidas após participarem de um concorrido teste com mais de 300 candidatas. O elenco traz ainda Fernanda Montenegro, como atriz convidada, Gregorio Duvivier, Bárbara Santos, Flavio Bauraqui e Maria Manoella. O filme é uma livre adaptação do romance homônimo de Martha Batalha e tem previsão de estreia no Brasil em novembro.
Sinopse
Rio de Janeiro, 1950. Eurídice, 18, e Guida, 20, são duas irmãs inseparáveis que moram com os pais em um lar conservador. Ambas têm um sonho: Eurídice o de se tornar uma pianista profissional e Guida de viver uma grande história de amor. Mas elas acabam sendo separadas pelo pai e forçadas a viver distantes uma da outra. Sozinhas, elas irão lutar para tomar as rédeas dos seus destinos, enquanto nunca desistem de se reencontrar.
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Bacurau
O novo filme do diretor Kleber Mendonça Filho conta com Sonia Braga, Karine Teles, Udo Kier e Silvero Pereira. A produção é descrita como uma mescla de gêneros como faroeste e ficção científica em pleno sertão nordestino.
Sinopse
Um pequeno povoado do sertão brasileiro, dá adeus a Dona Carmelita, mulher forte e querida por quase todos, falecida aos 94 anos. Dias depois, começam os sinais de que a tranquilidade de BACURAU estará sob ameaça. No entanto, ninguém contava com um detalhe: que no passado desse lugar extraordinário estava adormecido um talento especial para a aventura.
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