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Bom dia, Verônica: segunda temporada é de Gianechini e Klara

Série policial com uma personagem principal que “morre” e continua sua investigação por conta própria. Talvez esse enredo não seja nada muito revolucionário. Já vimos acontecer em Marcella, a britânica série da Netflix, por exemplo. Mas Bom Dia, Verônica, apesar de seguir essa premissa, consegue se reinventar e sair do lugar comum que poderia ir.

Após a morte de Brandão (Du Moscovis) e Janete (Camila Morgado) no final da primeira temporada, preciso confessar que estava receosa. A atuação e a problemática da dupla foram dois grandes trunfos de Bom Dia, Verônica. Contudo, a segunda temporada ganha dois substitutos à altura. Reynaldo Gianechini e Klara Castanho estão excelentes.

Nessa temporada, um líder religioso (Gianechini), pai zeloso de Angela (Klara), marido, filântropo, se diz dono de um dom da cura. Mulheres escolhidas vão para a casa do líder e lá passam por uma sessão de cura que envolve abusos. O vilão, inclusive, parece mais real do que gostaríamos que ele fosse.

Se você assistiu ao documentário de João de Deus, lançado pela Globoplay, vai ver diversas semelhanças. Além das ações do personagem de Gianechini, o trabalho jornalístico realizado para mostrar as vítimas e tudo mais parece bem baseado na vida real. A série aborda a temática dos líderes religiosos que usam da fé para cometer crimes.

Atuações excelentes em Bom dia, Verônica

Geralmente, vemos Gianechini vivendo um mocinho. Seu rosto bonito entregou Edu de Laços de Família e muitos outros papéis. Porém, dessa vez, ele é um vilão e dos bons. A atuação de Giane e a dupla que fez com Klara é o grande destaque dessa temporada.

A dupla Reynaldo Gianechini e Klara Castanho funciona muito bem na segunda temporada de Bom dia, Verônica
A dupla Reynaldo Gianechini e Klara Castanho funciona muito bem na segunda temporada de Bom dia, Verônica

Aliás, temos que nos atentar para Klara Castanho. A menina mostrou que tem muito potencial para voar. Como Angela, ela rouba a cena e entrega uma personagem verossímil, que tem camadas e foi absolutamente convincente.

Tainá Müller seguiu com sua atuação regular, assim como na primeira temporada. Algumas vezes, parece que falta algo, principalmente quando está com o marido e com os filhos. Verônica é mais convicente na linha de frente do que com a família. Inclusive, esse núcleo é o mais chato de toda a série.

Ao que tudo indica, teremos uma nova temporada e isso parece ótimo, porque a segunda temporada foi superior à primeira. As pontas estão soltas e os ganchos abertos. Verônica precisa voltar. E a dúvida é: quem será o próximo vilão?

Veredito da Vigilia

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