Assassination Nation, a nova obra impulsionada pelos irmãos Russo
No último painel do Hall H de quinta feira, dia 19 de julho, tivemos uma atração diferente. O filme Assassination Nation trouxe um elenco pouco conhecido e uma nova proposta de produção. Apesar de fortemente ligado aos irmãos Russo, agora mundialmente conhecidos pelos filmes da Marvel, esse filme dirigido por Sam Levinson (Bastidores de um Casamento, 2011), não tem tem nada de heróico ou mega produção. Juntamente com Joe Russo, Bill Skarsgard, Suki Waterhouse e Hari Nef compuseram a mesa do painel onde de cara mostraram o primeiro trailer do filme.
O que se viu foi uma mistura de The Purge, com terror adolescente, onde a premissa vista é de colegas de escola que postam alguma coisa controversa em rede social e isso meio que foge do controle trazendo muito ódio na pequena cidade, violência e uma espécie de guerra civil local.
Muito se falou de como as redes sociais influenciam as vidas dos adolescentes de hoje e percebeu-se que essa é uma das discussões do filme. Segundo o diretor, “o filme é violento física e socialmente, tem muito sangue e o desenvolvimento gráfico bastante apurado”.
E foi o que se viu em uma cena exibida na sequência da conversa. Uma câmera que percorre o exterior da casa filmando o que as jovens fazem do lado de dentro, enquanto acompanhamos do lado de fora encapuzados invadindo a casa e fazendo as jovens de refém. Essa cena foi muito bem feita e deu um grande ar de tensão ao filme.
Ainda falando das cenas do filme, o clima de câmera-na-mão/Bruxa de Blair/etc se manteve em algumas cenas vistas, assim como muitos momentos de violência. Joe Russo comentou que estão nessa produção justamente para ajudar a cena, que assim como fizeram com eles, que também foram ajudados no início da carreira, e agora agradecem por estar onde estão, mas também disse que não fugiram da temática do filme, que o debate sobre a violência, adolescentes e redes sociais é importante.
O diretor Sam Levinson completou dizendo que é sobre isso mesmo que o filme trata, é um debate é sobre conversa de extremos. Falou-se também da violência que as redes sociais e comunicação atual gera nessa época de fake news, e aparentemente essa é a linha principal do filme mesmo sendo filmado há mais de 2 anos.
Fica a expectativa de um novo talento no roteiro e na direção, e de uma produção diferenciada, é desses respiros que precisamos e o debate sobre o tema é de extrema importância.
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Direto de San Diego
