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Ana e Vitória: amor em época de redes sociais

Uma dica para melhorar o dia de vocês: assistam Ana e Vitória. O filme é uma produção brasileira, dirigido por Matheus Souza (Tamo Junto, 2016) e com uma nova leva de atores que trazem um grande alívio e frescor, deixando o filme engraçado e com personalidade.

Se você já é fã da dupla ANAVITÓRIA sabe que as músicas são cheias de amor e que as meninas transpiram carisma e simpatia. Caso você ainda não conheça as protagonistas, o filme é uma boa porta de entrada no mundo,  musicalidade e estilo delas. É importante lembrar que a obra não é uma cinebiografia! As meninas falaram um pouco sobre isso na entrevista que fizemos com elas na pré-estréia em Porto Alegre no vídeo abaixo:

O longa é uma comédia romântica musical bem leve, seguindo todas as características de outras produções do mesmo estilo: boas músicas, amores, descobertas, amizades e mudanças. Algo que é diferente em “Ana e Vitória – o Filme” é a presença muito forte das relações por meio das redes sociais na internet. A tela normalmente é dividida entre atuação dos atores e textos, detalhes de vídeos e efeitos gráficos. Em alguns momentos, chega a ser um pouco exagerado, porém há outros, como em um “clipe” entre Ana e sua paixão, Cecília (Clarissa Müller), que eles deixam tudo mais leve e fácil para o público jovem – que também faz as mesmas coisas – se relacionar.

Uma coisa precisa ser apontada: Ana Caetano e Vitória Falcão não são atrizes. A dupla, que até então tinha atuado apenas em seus clipes, faz sua estréia nas telas, e como protagonistas. Há momentos que a atuação delas fica devendo, mas é compreensível. Nas cenas juntas, talvez pela conexão e a segurança uma com a outra, elas conseguem se soltar mais.

Seguindo na ideia de atingir o público jovem, alguns atores são conhecidos do YouTube, como Victor Lamoglia, do Canal Parafernalha, e Thati Lopes, do Porta dos Fundos. Clarissa Müller é influenciadora digital (e canta mais no filme todo do que Vitória) e temos a aparição do antigo “colírio da Capricho”, Caíque Nogueira.

O roteiro é interessante porque mesmo seguindo um modelo comum, ainda é cativante. A busca pelo seu lugar no mundo, a saída da adolescência para a vida adulta, a orientação sexual, a relação com a família… Tudo isso tem um espaço – mesmo que pequeno ou corrido – no filme de quase duas horas.

Talvez não seja necessário nos estender pela trilha sonora, composta por conhecidas músicas do duo e algumas inéditas, que deixam o público com gostinho de quero mais. Mas a fotografia é um ponto que precisa ser abordado. Afinal, temos cores vivas, filmagens e jogos de câmera no melhor estilo folk, casando muito bem com a trilha e o roteiro.

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Se você curte um filme leve, engraçadinho e cheio de músicas que vão ficar coladas na sua cabeça pelo resto da semana, “Ana e Vitória – o Filme” é a escolha certa. E se você estava com saudade de musicais, que tal assistir Ana e Vitória e Mamma Mia: Lá vamos nós de novo?

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