A Odisseia: filme conta a história de Jacques Cousteau
Vencedor de vários prêmios de televisão e cinema, entre eles a Palma de Ouro e o Oscar, o oceanógrafo, escritor e documentarista francês Jacques Cousteau terá sua história contada agora nos cinemas no filme de Jérôme Salle, “A Odisseia”, que estreia nos cinemas brasileiros em 22 de fevereiro. Com Lambert Wilson (Matrix; Homens e Deuses) no papel do comandante, dos 37 aos 70 anos, Salle reproduz os momentos mais icônicos da vida de Cousteau, seja chefiando expedições pelos mares e experimentando suas invenções ou mostrando seu lado mais controverso, que despertou paixões e ódio ao longo da sua trajetória.
Rodado durante cinco meses e com o orçamento de mais de 20 milhões de Euros, o longa traz belas imagens, desde o ambiente gelado da Antártida até a interação com tubarões das Bahamas. “Foi um pouco arriscado. Nunca ninguém tinha rodado em alguns dos locais onde rodamos. Filmar na Antártida é como filmar na lua”, disse o diretor, em entrevista à France TV. Enquanto norte-americanos e russos brigavam pela conquista do espaço, Cousteau convencia a França a mergulhar no profundo e misterioso universo dos oceanos.
A vida privada de Cousteau está no centro da trama. O oceanógrafo tem dois filhos com Simone, interpretada no longa por Audrey Tautou (O Fabuloso Destino de Amélie Poulain). O mais novo deles, Philippe Cousteau, vivido por Pierre Niney (Frantz; Yves Saint Laurent), é seu cúmplice e algoz. Ao mesmo tempo que eles têm em comum o amor pelo mundo subaquático, os objetivos e métodos para a construção e realização do trabalho divergem, fazendo com que os conflitos sejam constantes.
Philippe era o principal crítico do pai quando o assunto girava em torno do financiamento para seu trabalho. O conflito geracional entre os dois reflete a gênese da consciência ambiental e da preocupação com sustentabilidade, questões centrais do final do século XX.
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