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As Panteras: Girl Power, tiroteios e um belo filme de ação | Crítica

Se é Girl Power que você esperava, fico feliz em informar que é Girl Power que você vai ter em As Panteras, que ganharam um novo reboot do reboot do reboot, que vai cativar a geração mais nova e divertir os fãs. Afinal, o filme é tiro, explosão, carros de luxo e pancadaria, daquele jeito que os amantes de ação adoram.

Reinventar uma história que tem elementos que moram no imaginário dos espectadores pode ser algo fadado ao insucesso. Mas, Elisabeth Banks roteirizou, dirigiu e ainda atuou no filme, que consegue ser muito mais que um filme cansativo de espionagem, devido ao trio principal que foi o pilar e sustentou a história, que surpreendeu.

Nem sempre queridinha pelo público, já que não conseguiu se livrar totalmente da chancela de Bella do Crepúsculo, Kristen Stewart entrega uma personagem totalmente diferente de uma mocinha. Sabina Wilson é uma Pantera cheia de carisma, personalidade e acaba sendo o alívio cômico. Kristen não só sustenta a personagem, como também se redescobre e demonstra ao público seu potencial. Afinal, já chegou a hora de darmos uma chance e deixarmos de lado sua atuação em um filme de 2008.

Naomi Scott, nossa Jasmine de Aladdin, também mostra a que veio interpretando Elena. Sua atuação está melhor que no longa da Disney. Desta vez, ela não é só uma mocinha indefesa, ela é uma cientista brilhante e inteligente.

O trio é fechado por Ella Balinka, a Jane, que dá vida a uma Pantera destemida e boa de mira. Ela que faz as manobras mais ousadas e alia a força corporal com sua carga sentimental, dando um novo tom às frias espiãs. Ella é a responsável pelos ritmos em cenas de ação e foi uma grata surpresa.

Porém, trago más notícias. Charlie (Patrick Stewart) desta vez não é tão bonzinho. Prepare-se para o plot do plot do plot Twist. Naqueles momentos em que achamos que o filme todinho tinha se resolvido, novos elementos aparecerem e o mistério retorna à estaca zero. E para, finalizar, no elenco temos o rapaz queridinho das produtoras e dos adolescentes, Noah Centineo, que é mais uma vez o crush da galera.

Para quem espera perseguições de carros e tiroteios, As Panteras é um prato cheio. São grandes sequências de tiros que nos fazem segurar na cadeira, mas não são cenas que se tornam repetitivas e sem graça. O roteiro mostra que tudo tem um porquê, nem que seja o mais delicioso fanservice (e falaremos mais sobre ele depois).

Felizmente, a rivalidade feminina é descartada nesse filme. Em momento algum as meninas competem entre si, nem no trabalho, nem nos relacionamentos – que são quase inexistentes e tem até piada sobre isso.

Kristen Stewart e Ella Balinka se divertem como Sabina e Jane.
Que foto você tiraria com a sua amiga na cabine de fotos?

As Panteras não fogem do estereótipo de mulheres sensuais, como já vimos em todas as séries e filmes que retrataram o grupo intitulado, originalmente de “Charlie’s Angel”. Outro clichê que não fugimos nesse filme são os aparelhos e roupas hi-tech, além dos carros luxuosos.

Unindo todos os elementos, vamos para um fanservice que se torna um daqueles grand finales com sorriso no rosto. Prepare-se para se deliciar com uma “escola de Panteras”, com as treinadoras que precisávamos ver e participações muito especiais. Ah, e não vá embora antes dos créditos terminarem. As cenas pós-créditos deixam a entender que teremos mais Panteras pela frente.

Como um filme-pipoca, As Panteras cumpre muito bem o seu papel.  Vá desarmado e preparado para a zoeira e para o exagero. A Vigília Recomenda!

Veredito da Vigilia

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